Livros e filmes eróticos podem ajudar a aumentar a libido do casal

Atenção: Esta matéria contém teor sexual e é imprópria para menores de 18 anos.

O livro “50 tons de cinza”, lançado no Brasil há pouco mais de um mês, está dando o que falar. Assunto obrigatório nas revistas, sites, redes sociais e rodas de conversa, o livro conta a história da relação entre a jovem Anastasia e Christian Grey, um bilionário sedutor, um casal sexualmente insaciável. O romance erótico descreve cenas quentes e se tornou o maior best seller dos últimos tempos. Seu sucesso abriu as portas para uma série de publicações no mesmo estilo, inspirou uma linha de lingeries e, em breve, vai ganhar as telona do cinema.

Mas será que histórias de sexo ajudam mesmo a apimentar a relação? “Quando falamos de livros que discutem a sexualidade e o comportamento sexual podemos encontrar muitas coisas interessantes que podem acrescer na atividade sexual do casal. Porém temos de ter cuidado, pois, muitas vezes, também encontramos condições impossíveis de serem reproduzidas, tanto por uma dificuldade física, quanto pela própria condição humana. Nesses casos é possível que as pessoas se frustrem. Mas sabendo de seus limites e tendo permissão do parceiro, é sempre bom inovar e repensar as relações”, afirma o psicólogo especialista em sexualidade Diego Viviani.

Ele diz que os livros eróticos podem ser uma boa alternativa para as pessoas que não gostam de vídeos pornográficos. Ao contrário dos vídeos, em que a imagem é mostrada com personagens, locais e objetos como de fato são, os livros são altamente recomendados, pois ler mexe com a imaginação e torna possível fantasiar, o que permite mais uma possibilidade de excitação, mais prazer e mais qualidade na relação. “Algumas pessoas dizem gostar de ler um livro mais picante na cama, dizem que após uma leitura erótica sentem mais vontade de fazer sexo. Já outras se sentem desconfortáveis em demonstrar esse interesse e, em alguns casos, o parceiro pode até mesmo se sentir ofendido, pois justificar a leitura para despertar desejo sexual não é muito bem visto. Esta não deve ser a única maneira de excitar-se sexualmente, também é importante que haja desejo sexual sem a necessidade de estímulos esternos”, diz.

Assistir a filmes juntos, dependendo do casal, também poderá apimentar a relação e transformar o ato em algo mais prazeroso que o comum. “Durante muito tempo a indústria pornográfica produziu filmes puramente masculinos, mas, ao longo dos anos, percebeu que poderia atingir também o publico feminino, e começou a produzir filmes que tivessem um caráter erótico e romântico além das cenas de sexo. É importante que todos experimentem antes de atestar se gostam ou não, pois basear-se na postura social muitas vezes limita as possibilidades antes mesmo delas serem um fato”, orienta.

Tanto a pornografia quanto o erotismo podem permitir a criação de fantasias e manifestação do desejo sexual, mas o que contará de fato são as escolhas feitas por estas pessoas. Filmes, leituras, sites, fantasias, sex shops, tudo é valido quando se trata da busca de prazer, desde que não exponha, prejudique, ou cause sofrimento. A dica do especialista é experimentar possibilidades que não agridam sua personalidade e decidir aquilo que pode fazer parte deste momento do casal.