Ginecologista preferido das estrelas, Malcolm Montgomery está lançando mais um livro. Mas engana-se quem pensa que a obra é um tratado científico. Com o sugestivo título ” Dez amores”, o médico e psicólogo escreve sobre os relacionamentos, o amor e a tênue linha que o separa do ódio. “Eu acho que na criança pequena, que é muito dependente, essa mistura de amor e ódio fica mais clara. Se eu dependo de você para tudo, eu amo você. Mas também, se você for embora, eu morro sem ar. Em um amor de dependência, a fronteira entre o amor e o ódio é muito pequena”, afirma o médico.
Quando o assunto é vida íntima, Malcolm fala abertamente da longa relação que teve com a atriz Milla Christie e dos planos de montar uma casa nova com sua atual namorada, a cantora Deborah Blando. Paulistano e filho de um escocês com uma brasileira, o médico começou a admirar as mulheres ainda pequeno. “Eu tive mulheres muito fortes e afetivas do meu lado desde criança. Além disso, eu sempre ouvi mais do que falei no consultório”, conta.
Discípulo do ginecologista Elsimar Coutinho, o médico também é a favor do implante hormonal que impede a menstruação. “O que a gente faz atualmente é usar um implante com um hormônio só, que não passa pelo fígado. Você coloca por debaixo da pele e suspende a menstruação por dois meses, seis meses ou três anos”, explica. Malcolm garante que não se trata de interromper um processo natural e sim de prevenir doenças como a endometriose, maior causa de infertilidade nas mulheres.
Homossexualismo, TPM e tratamento de reposição hormonal também são assuntos discutidos pelo médico. “Sem hormônios murcha tudo. É cruel mas é a realidade. Se você não usar hormônios depois da menopausa, vai perder um monte de funções vitais importantes, vai perder estética, cheiro, sensualidade…”, alerta. Quanto ao aborto, Malcolm é defensor ferrenho da anticoncepção responsável e, acima de tudo, do bem-estar da mulher. “Eu sou a favor da mulher e, se ela decidir que tem que interromper, ela tem que interromper com uma assistência médica, social e psicológica adequada”, afirma.