Quando eu tinha 19 anos, e isso já faz algum tempo, namorei uma menina um ano mais velha. Foi a única mulher que senti que amei. Do primeiro ao último beijo foram seis anos. De namoro mesmo, um ano e meio. Começamos com um caso, separamos, voltamos, eu apaixonado e ela nada. Depois namoramos, separamos novamente, voltamos a namorar e, depois, começamos a ficar de quando em vez. Bem, e o que aconteceu? Ela tinha ciúmes de tudo. Dos meus amigos, do meu carro, do meu trabalho, da minha casa. Chegou certa vez a dizer que, se eu saísse para trabalhar naquele momento em que estava com ela, poderia esquecê-la. Saí e voltei. Acho que ela percebeu a bobagem e continuamos a namorar.
O que acabou com o relacionamento não foi a falta de amor. Foi a convivência, sempre ela. Claro, minha vida estava mudando, comecei a viajar muito a trabalho e ela cada vez com mais ciúmes. Ela revistava meu armário, minhas coisas, reclamava que eu saía demais com meus amigos sem levá-la, queria que, depois que voltasse de viagem morto de cansaço, fosse encontrar com ela. Não deu. Pouco tempo depois eu já estava pronto para me apaixonar pela primeira bobagem que me passasse pela frente. E foi o que aconteceu. Antes, eu nem olhava para outra mulher qualquer que fosse, achava todas feias perto da minha namorada.
Relacionamentos são complicados. Nós homens não somos inocentes, mas que mulher é um bicho difícil, ah, isso é! Estava eu falando com um amigo ao telefone, contando das minhas desventuras, da solteirice, das candidatas, falando da vida, besteira pura. Lá pelas tantas, numa atitude que não me é peculiar, perguntei se estava tudo tranqüilo com a esposa dele, afinal, sou padrinho do casamento. E ele me respondeu que não. Surpreso, perguntei do que se tratava. E ele calmamente me questionou: “Já viu alguma coisa estar tranqüila com mulher?!?!”.
Outro dia, eu estava comentando com o meu mecânico sobre mulheres mais velhas. Argumentei que imaginava que fossem mais resolvidas, mais tranqüilas, sem as questões das mais novas ou as da minha idade. “Que nada”, ele respondeu! São mais cheias de mania, de coisas que se acostumaram, dão os mesmos defeitos que as mais novas. Não tem salvação, como diz a frase de caminhão, é preciso aprender a lidar com os espinhos. E não adianta tentar conversar. Mulher adora conversar quando quer discutir a relação. Se o homem toma a iniciativa, por mais que escolha as palavras, elas já começam atirando pedras e dizendo que as estamos criticando. São muito melindrosas, suscetíveis. Tenho um amigo que comentou com a mulher, no maior cuidado, que ela estava com chulé e o negócio quase terminou em divórcio! O melhor é mesmo ficar calado e fazer o que se tem vontade. Dar muita atenção à mulher é um grave erro de estratégia. Elogiar de quando em vez as pernas, depois que ela volta da ginástica, reparar que cortou o cabelo e nada mais.
Bom, vá lá, agradá-la no sexo, se não estiver com vontade de dispensá-la. E aproveitar, se naquele momento tórrido na cama ela pedir para bater, descer a mão, pois, como diz o ditado, se não sabemos porque batemos, elas sabem o motivo de estarem apanhando!