Mulheres fortes e decididas que deixam tudo para trás em nome de um grande amor não existem apenas nos filmes de Hollywood não, elas estão bem vivas e felizes na realidade também.
Vamos contar a história de duas brasileiras que largaram tudo: amigos, família, trabalho, cidade e até país para ficar perto do príncipe encantado. Apresento-lhes Jaqueline Giardi-Pauly e Katiane Pires*.
Enquanto morava no Brasil, em Maringá, Jaqueline era estilista e consultora de moda, trabalhou alguns anos em São Paulo onde tinha uma pequena confecção e uma loja no shopping da cidade. “Minha vida era de trabalho, o tempo para conhecer alguém era escasso! Foi aí que um amigo meu fez eu me inscrever em um site de relacionamento”, conta a estilista.
Foi então no dia 03 de maio de 2006 que o que começou como brincadeira cibernética terminou em relacionamento na vida real: “O Rainer, meu marido (economista, funcionário público no Deutsche Post), foi sair do site um dia, mas me viu e resolveu voltar só pra me escrever. Mantivemos contato, trocamos todos os contatos que você pode imaginar e, em outubro daquele ano, ele foi me conhecer”.
Jaque foi a passeio para a Alemanha em janeiro de 2007 e em julho do mesmo ano foi pedida em casamento: “Eu nem pensei e aceitei! Depois de seis semanas nos casamos em Maringá e eu vim pra cá (Alemanha)”.
A adaptação à nova vida não foi nada fácil, explica a consultora de moda: “Uma pessoa que sempre trabalhou, que amava a própria profissão, se ver de repente como dona de casa e analfabeta, já que eu não falava alemão, apenas inglês, sem amigos, sem família, sem nenhuma das comodidades que eu tinha no Brasil, como faxineira ou salão de cabeleireiro toda semana, e morando num vilarejo rural, foi um choque!”
Após quatro anos de casada, falando alemão e com uma nova profissão (abriu uma empresa e é ilustradora), Jaque se diz muito feliz. Para ela valeu a pena ter feito tudo o que fez , pois agora está com a pessoa que ama ao seu lado, entretanto ela ainda quer realizar algumas mudanças: “Quero mudar para uma cidade maior, ainda é meu sonho!”. Alguém aí tem dúvida de que a paranaense vai conseguir?
Outra destinada é a analista de suporte técnico, Katiane Pires: “Eu estava traumatizada, ficava pensando o tempo todo ‘quando você vai arrumar um namorado?’, porque minhas melhores amigas na época estavam em um relacionamento, e eu sempre ficava segurando vela.
Assim como Jaque, Katiane também achou sua alma gêmea na internet: “Foi em um fórum na internet, ele me achava brava e tinha medo de conversar comigo, até que um dia eu vi que fuçou meu Orkut e eu o adicionei”. Os dois foram trocando scraps, MSN e, depois de um tempo, as coisas foram mudando. “Ele me galanteava indiretamente, falava palavras doces, me mandava mensagens no celular, e com o tempo me apaixonei, e percebi que ele estava sentindo o mesmo”, conta Kati.
Os dois moravam em estados diferentes, ela no Rio Grande do Sul e ele em Brasília, e só depois de quatro meses de conversa, Guilherme foi conhecê-la: “Foi a melhor semana da minha vida até então”. Depois disso Kati foi até o Gui duas vezes até que na terceira ficou de vez, e conta: “Tive vários desentendimentos com minha mãe, que era contra eu vir para cá e não fala comigo direito até hoje, nem foi ao meu casamento.
Hoje Kati está casada há um ano e muito feliz com seu relacionamento: “Nosso casamento foi lindo, alternativo como eu queria e não gastamos quase nada, muitas pessoas nos ajudaram e da nossa casa nós ganhamos praticamente tudo. Foi como um sonho. Hoje tenho minha casa com minhas coisas, um bom emprego, meu cachorro e o melhor de tudo, aquele que amo ao meu lado, para todos os dias da minha vida!”
As meninas estavam cansadas de ficar sozinhas e decidiram escrever sua própria história, deu pra ver que elas se deram super bem, né?
*nome fictício
LEIA TAMBÉM:
Amor à distância – Não adianta fingir: um relacionamento à distância é complicado, sim. Mas pode dar certo!
Perdeu para a internet – Estudo aponta que 15% das mulheres recém-divorcidas na Inglaterra citam a rede como motivo