“Outra Gabriela, radiante”, diz mãe após Gabi fazer primeira comunhão em hospital

Uma paciente do Hospital Pequeno Príncipe, na cidade de Curitiba, no Paraná, que tem 10 anos e está esperando por um transplante de coração, conseguiu realizar o sonho de fazer a primeira comunhão.

A cerimônia aconteceu na capela do hospital e a pequena Gabriela se emocionou ao receber a hóstia consagrada diretamente das mãos de um bispo, o que deu mais esperança e força para a garotinha.

Menina que espera transplante faz primeira comunhão em hospital

O ano de 2020 está sendo atípico e mudou bastante a vida de algumas pessoas. Mas, para além da pandemia, uma notícia transformou a vida de Gabriela Romanoski de Andrade e de sua mãe, Giovana.

Em maio deste ano, Gabi contraiu uma virose e, desde então, Giovana começou a perceber algumas mudanças no comportamento da filha. “Ela foi ficando tristinha, mas eu achava que era por causa da pandemia”.

Além de estar abatida, Gabi começou a ter crises de diarreia e vômito e depois de sete dias tomando antibiótico receitado por uma gastroenterologista, que suspeitava de uma infecção, a pequena passou muito mal e foi levada às pressas para o hospital.

No dia 14 de julho, depois de uma série de exames, veio o diagnóstico: miocardiopatia, doença que causa alterações no músculo cardíaco e impede o coração de funcionar corretamente.

Após alguns dias internada, Gabi teve alta e voltou para casa, mas no início do mês de outubro o quadro da garotinha piorou e ela teve que voltar para o hospital, foi quando o médico optou por colocá-la na fila para um transplante de coração.

Gabriela está internada no Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, desde o dia 5 de outubro e vem sendo tratada pela médica responsável pela UTI, Camila Camargo.

“Existem alguns vírus que escolhem atacar o coração diretamente provocando inflamação. Algumas vezes a recuperação é completa e em outras, o problema se torna crônico”, explicou a médica sobre a causa do problema de saúde da garotinha.

Dia a dia de Gabi na UTI inspirou freira a organizar primeira comunhão

A médica explica que os funcionários fazem de tudo para tornar a internação mais leve para a menina. “Tentamos, na medida do possível, fazer com que o dia a dia dela seja o mais tranquilo e também um pouco menos triste, então levamos jogos, guloseimas, contamos piadas”.

O mesmo disse a mãe da pequena: “Mimam muito ela. O quarto em que ela está é todo enfeitado com bexiga. Eles mandam cartinha com mensagens de otimismo”.

A atenção é tanta, que uma das enfermeiras percebeu quando Gabi pediu que a mãe trouxesse uma imagem de Nossa Senhora Aparecida e decidiu falar sobre a devoção com uma freira que se dedica à capela do hospital.

A freira, então, foi conversar com Giovana, que contou que a filha fez o primeiro ano de catequese em 2019 e “foi a única que não faltou nem um dia na catequese”.

Sabendo disso, a freira organizou a primeira comunhão de Gabi, que aconteceu no último domingo (25) na capela do hospital. De vestido branco, flores no cabelo e um tercinho na mão, a pequena se emocionou durante a cerimônia.

A missa foi celebrada por um bispo, que se emocionou com a história da garotinha e decidiu crismar Gabi, se tornando seu padrinho de crisma.

Giovana contou que Gabi quase não conseguiu participar da missa, mas depois da cerimônia, ela tem se mostrado mais otimista e confiante:

“No domingo ela passou muito mal e a equipe médica não estava querendo deixá-la descer, mas a hora que ela vestiu a roupa e desceu para participar da missa, foi outra Gabriela, ela estava radiante”.

Além disso, a mãe da pequena disse que ela está reagindo melhor depois de realizar esse sonho.

quote:”Ela está mais otimista, mais alegre, está uma criança com brilho no olhar”.

Depois disso, a fé de Gabi aumentou ainda mais e ela acredita que vai sair dessa para realizar mais um sonho de vida: se tornar veterinária para salvar a vida dos bichinhos.

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