A ideia parece libertadora para alguns, mas pode esconder sinais de negligência emocional e até trazer consequências a longo prazo
É impossível ser feliz sozinho, já dizia o célebre Tom Jobim. E a ciência confirma: conexões sociais são essenciais para a saúde mental. Mas, atualmente, diversas amizades funcionam no modo de “baixa manutenção”, isso é, com poucas interações e que não exigem muito esforço.
Assim, o significado do termo, que ganhou popularidade principalmente após o isolamento social da pandemia de Covid-19, realmente funciona? Faz bem para quem propositalmente “abraça” a ideia? Saiba mais abaixo.
Amizade de “baixa manutenção”: riscos para sua saúde mental

Muitas pessoas, devido à correria do dia a dia, acabam substituindo encontros presenciais por simples mensagens de texto, acreditando que uma amizade de “baixa manutenção” seja suficiente para manter a proximidade.
No entanto, dados publicados na revista “Cadernos de Saúde Pública”, em 2023, indicam que esse tipo de interação não supre a importante necessidade humana do convívio pessoal. Como resultado, a superficialidade de tais relações pode impactar não apenas a vida social, mas também a saúde mental.

Dráuzio Varella, renomado médico e autor, já chegou a usar as redes para comentar sobre a pesquisa. Ele ressaltou que cultivar amizades na juventude favorece uma velhice mais saudável e feliz. Afinal, a solidão pode desencadear problemas como depressão e ansiedade em qualquer fase da vida.
“Com o passar do tempo, por exemplo, a solidão pode acelerar o declínio cognitivo e aumentar o risco de demência. O estresse constante também promove o sedentarismo, já que a pessoa fica muito tempo ociosa dentro de casa”, afirma o especialista.

Dessa forma, pequenos gestos, como um café com amigos ou uma caminhada ao ar livre, são capazes de fazer a diferença para o seu bem-estar a longo prazo.
“Cercar-se de pessoas queridas faz bem e é essencial para a saúde!”, garante Dráuzio Varella.