Depois da repercussão negativa gerada pela descoberta da definição machista do termo “professora” no Google, a empresa removeu da lista de resultados o significado que estava causando polêmica.
Em nota enviada ao VIX, o Google explicou o motivo que levou à mudança da definição ao termo.
Definição de “professora” no Google: polêmica
Quando pesquisado na ferramenta Busca do Google, o termo “professora” gerava respostas que deixaram internautas revoltados.
Isso porque, diferente da palavra “professor”, o termo “professora” não era definido apenas para nomear os profissionais da educação. Ao procurá-lo, era possível encontrar os seguintes significados:
- mulher que ensina ou exerce o professorado.
- prostituta com quem adolescentes se iniciam na vida sexual – segundo o brasileirismo, a linguagem própria do português do Brasil.
A definição do termo “professora” com profissional do sexo gerou muita revolta por internautas e por docentes do país, que associaram a definição a traços do machismo.
Na ocasião, o VIX entrou em contato com a assessoria de imprensa do Google que, por meio de nota, explicou que não possui controle sobre as definições dadas aos termos procurados na ferramenta de busca.
Os resultados, de acordo com o comunicado, são de definições enviadas por parceiros especialistas em linguagem.
Google muda definição de “professora”
Agora, em novo comunicado, o Google informa que o termo “professora” teve seu significado alterado na ferramenta Busca após a repercussão do caso.
A definição polêmica foi removida após a Oxford University Press, parceira do Google que trabalha com edição de dicionários, decidir pela remoção do significado de sua base de dados.
Sem entrar no mérito do machismo do termo, a Oxford University Press justificou a decisão em um comunicado publicado em seu site, afirmando apenas que uma investigação sobre o verbete foi realizada e constatou-se que a definição em questão tratava-se de uma gíria regional em desuso e, portanto, foi atualizada.
“Esta definição veio de uma fonte confiável e foi classificada uma gíria regional, entretanto, não a consideramos popular ou relevante o bastante para que seja mostrada de maneira tão proeminente”, diz o comunicado da Oxford.
O Google reforçou o acordo que mantém com diferentes dicionários parceiros e que não edita o conteúdo gerado na ferramenta Busca do site.
Leia a nota enviada pelo Google na íntegra: