Adrenalina e superação se misturam com paisagens surpreendentes e alta tecnologia em uma das competições mais duras do mundo. Assim é o Rally dos Sertões, que acontece entre 10 e 19 de agosto, com largada na capital goiana e chegada à Fortaleza, no Ceará. Aos desafios naturais das estradas de barro e asfalto une-se a árdua tarefa de manter em equilíbrio os ânimos da equipe dentro dos veículos. Cinco vezes campeão do rali, o piloto André Azevedo, da equipe Petrobras Lubrax, nos conta como tudo acontece a mais de 170km/h!
Presente a todas as 18 edições do evento, Azevedo se diz preparado para encarar qualquer atoleiro que estiver à sua frente no duelo desse ano. “É sempre muito difícil vencer porque você não faz um reconhecimento prévio do percurso. Você sabe por onde vai passar apenas no dia anterior ao início da prova. E os adversários são muito qualificados”, revela o piloto, que já venceu duas vezes conduzindo carros e três, ao volante de caminhões. Ele espera repetir a dose no comando do caminhão Mercedes-Benz Atego 1725 da equipe Petrobras Lubrax.
Muita DR!
Os perigos são grandes e constantes neste rali de velocidade, onde o que vale mesmo é quem chega primeiro. A largura de trilha é igual tanto para motos e carros quanto para caminhões, os que mais sofrem e menos têm margem de erro na pilotagem. As dunas e os precipícios são duros adversários na pista, mas o principal problema, segundo o piloto, é a convivência com a equipe. “No caminhão, somos três: o piloto, o navegador e o mecânico. Estamos sempre expostos a acidentes e andando no limite. Sob pressão, a tolerância no relacionamento é fundamental. É como um casamento”, compara.
E o ambiente não ajuda. Segundo o relato do pentacampeão do Rally dos Sertões, nem mesmo o ar-condicionado consegue diminuir o calor dentro do veículo, que pode chegar a uma temperatura de 45º C nas áreas mais quentes do sertão nordestino. “Além do calor externo, o motor fica exatamente embaixo do banco, o que esquenta ainda mais em um trajeto de quatro mil quilômetros”, conta. Tudo isso acelerando a mais de 100km/h e competindo em alto nível. “Fora o balanço. Você se sente literalmente dentro de um liquidificador”, brinca.
Encerrados em um ambiente desgastante e com uma pista desafiadora do lado de fora, a relação entre a equipe é a única coisa que pode manter o equilíbrio para chegar às vitórias. “Se não existir muito companheirismo e tolerância, você erra mais na navegação e na pilotagem. Pode ir tudo por água abaixo”, ensina o pentacampeão. Com a experiência de ser o primeiro brasileiro a vencer o Rally Dakar, a etapa mais difícil do mundo na categoria, André já viu muitas equipes se desfazerem em função de problemas de relacionamento. “Nós até chamamos de ‘divórcio’ pelo nível de dificuldade da convivência. Já vi duplas se divorciarem durante as corridas e abandonarem tudo por não conseguirem competir mais juntas. É algo muito intenso”, diz.
A semelhança com o casamento fez André tentar disputar provas ao lado de sua esposa, Yara Arevalo. “A competição me faz ficar muito tempo fora de casa. Minha mulher é formada em engenharia industrial e isso despertou nela o interesse na atividade. Sendo assim, pensei em unir o trabalho ao casamento”, conta. A proximidade deu certo e ambos revezaram entre as funções de navegador e piloto nos diversos desafios que disputaram, colecionando vitórias. “Mesmo com as conquistas, dentro do carro a pressão era maior com ela ao lado. Com a intimidade, a gente acabava se cobrando mais. O casamento era ainda mais intenso”, confidencia. E algumas derrapadas foram inevitáveis. “Já houve vezes em que terminamos a prova sem conversar muito. Mas, passada a adrenalina, foi tudo muito divertido”, lembra.
O cansaço é outro fator que pode diminuir a paciência dentro da competição. Conduzir por mais de 14 horas diárias sobre atoleiros, dunas e trilhas pesadas exige muito do físico, sem contar os dias longe do conforto de casa. “Somos uma caravana itinerante. São dias sem tomar banho direito, dormindo mal, se alimentando apenas nos intervalos. Você nunca sai limpo. Meu recorde foram 13 dias sem tomar banho”, confessa. O calor ainda é maior quando o piloto está vestindo o macacão e os equipamentos de proteção, entre eles capacetes, roupas antichamas e demais acessórios que aumentam a sensação térmica. O suor faz parte da rotina dos condutores.
O prazer de subir ao pódio vale todo o sacrifício. “Além de tudo, somos um laboratório a céu aberto. Competir com esses carros nessas condições faz com que sejam desenvolvidas cada vez mais técnicas de última geração para suportar tais desafios”, considera o piloto do caminhão, que conta com a tecnologia do Lubrificante Lubrax Avante e do combustível Extra Diesel Aditivadopara andar no limite. “Competir também é pilotar observando a melhor forma de impedir que o caminhão quebre. Para isso, temos que ter os melhores produtos a nosso favor”, completa.
Acompanhe a Equipe Petrobras Lubrax no Rally dos Sertões 2011 acessando www.br.com.br/rally . Você ainda pode participar do Desafio Navegador Lubrax e concorrer a um GPS.