Na época de nossos avós e bisavós, o crochê era uma técnica muito popular, tradicionalmente passada de mãe para filha. Hoje, esta arte perdeu um pouco de espaço, mas ainda há quem a preserve – e não são mais apenas as mulheres.
Junior Silva, um garotinho de apenas 12 anos, tem ganhado fama na internet por suas habilidades com as agulhas. Ele é tão bom que criou um canal no YouTube para dar aula.
Garoto ensina crochê na internet
Junior aprendeu a técnica em casa, observando a avó e a tia, e, hoje, é professor de milhares de pessoas que acompanham seu canal. A ideia surgiu após a publicação de uma foto em que aparecia com um tapete feito por ele.
Seus seguidores são, em sua maioria, mulheres de meia-idade. Nas transmissões ao vivo que promove pelo Facebook, Junior interage com os espectadores, tirando dúvidas dos alunos. Os comentários vêm de vários estados do Brasil e até de outros países, como Espanha e Chile.
https://www.youtube.com/watch?v=Y2N-qVar4pY
O jovem artesão já se tornou uma celebridade local na cidade de Iaras, interior de São Paulo, onde mora com a mãe. “As pessoas me param na rua para me elogiar. Já me veem como famoso, pedem até autógrafo”, revela animado o pequeno youtuber.
Apesar da fama, entretanto, a mãe, Denise Vieira Marcolino, de 33 anos, garante que o filho leva uma vida normal, como os demais meninos da sua idade. De manhã, vai à aula e, durante a tarde, divide o tempo entre brincadeira com os amigos, tarefas e os vídeos.
“Coisa de menino”
Exposto na internet, o jovem rapaz não está imune aos comentários negativos e depreciativos. Não raro, uma ou outra pessoa questiona o interesse de Junior e afirma que crochê “não é coisa de criança” e “muito menos coisa de menino.”
Em entrevista ao VIX, ele confessa que se incomodava bastante no começo, mas que já se acostumou. “Eu levo tudo na esportiva”, diz.
https://www.youtube.com/watch?v=B2DT8tZr-Tw
Denise revela que os comentários são direcionados para ela também, que é criticada por incentivar o interesse de Junior pelo crochê. Como resposta, ela conta que tenta minimizar os efeitos dos comentários e desmistificar o conceito preconceituoso de “coisa de menino e de menina”.
“Fico chateada, mas eu tento passar por cima e continuo incentivando o que ele gosta de fazer. Em casa, estamos todos felizes com o sucesso dele”, revela.
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