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Há quase três meses, o médico Thales Bretas perdeu seu companheiro e amor de sua vida: o ator Paulo Gustavo. Junto, o casal realizou o sonho de ser pai, mas hoje ele cria Gael e Romeu, de 1 ano, sem a ajuda do marido e contou como está sendo essa experiência.
Thales fala sobre paternidade sem Paulo Gustavo
Paulo Gustavo morreu no dia 4 de maio, vítima de complicações da Covid-19. Desde então, a rotina de Thales com os filhos mudou bastante.
Recentemente, o médico participou de uma campanha para o Dia dos Pais da Natura e contou como está sendo cuidar de Gael e Romeu sem o apoio e companheirismo de Paulo Gustavo.
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Thales revelou que sempre sonhou em ser pai, mas quando se descobriu gay, achou que esse sonho nunca se realizaria, até conhecer Paulo Gustavo, que também tinha o desejo de vivenciar a paternidade.
“Juntos, a gente viu uma força que poderia quebrar esse paradigma da família tradicional. Depois que a gente se uniu, percebeu que o que importa é o amor. E ter filhos era só multiplicar o amor que a gente já era. E a gente conseguiu trazer à vida os frutos do nosso amor, que são Gael e Romeu, dois meninos”, disse.
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Mas mesmo realizando esse sonho, foi desafiador viver a experiência com o ator: “Foi a experiência mais linda e desafiadora do nosso casamento. Dois filhos para dois pais. E eu tive o privilégio de viver essa realidade por quase dois anos. Agora só tem eu, e é uma responsabilidade diferente ser pai sozinho”.
O médico ainda afirmou que não há diferença entre ser um pai homo ou heterossexual e que se esforça ao máximo para passar bons valores aos filhos.
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Sobre a partida de Paulo, Thales disse sentir algo muito estranho ao continuar vivendo sem seu grande amor, mas os filhos fornecem a força necessária para que ele siga em frente:
“Pra mim, não existe pai gay. Existe ser pai. E ser pai é cuidar, educar, acolher, crescer junto. Então, não tem diferença se é homo ou heterossexual. Não muda nada. O que transforma é o amor. E eu há dois anos me esforço ao máximo para ser esse pai para os meus filhos. Eu fico exausto e preenchido. É uma sensação louca continuar vivendo mesmo depois de perder meu grande amor. Eu acordo e levanto. Não tem outro jeito, a vida se impõe. Aí eu olho para os meus filhos, para a minha família, para os meus amigos, para as minhas lembranças e continuo. Por eles, por mim e pelo Paulo, para sempre”, finalizou.
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