ATENÇÃO: ESTE CONTEÚDO POSSUI TEOR SEXUAL E É IMPRÓPRIO PARA MENORES DE 18 ANOS.
Sexta à noite – dia de namorar e pegar um cineminha. Em vez de enfrentar uma discussão pela escolha do filme, em que elas preferem uma comédia romântica e eles, um policial, há casais que resolvem o dilema de forma mais quente: optam por um filme pornô.
Antes artigo de luxo, hoje em qualquer esquina – na banca de jornal e até no camelô – basta deixar a vergonha de lado e escolher um pornô para montar sua DVDteca própria. A química Neide G. tem uma coleção. No início do namoro, ela e o namorado tomaram gosto pelo gênero adulto e investiram no negócio. “A gente combinava e ele ia comprar na banca de jornal. Eu ficava do lado de fora esperando”, lembra.
Neide viu tantos filmes que criou suas preferências. “Sou mais dos nacionais, porque se aproximam da nossa realidade, desde a fala até o biotipo dos atores. A gente fica excitado de imediato e as transas rolam em um clima mais apimentado, com os gemidos do filme ao fundo”, explica, garantindo que um DVD pornô é tiro e queda pra começar a transar. “Em geral, ele quer começar a transar antes de mim, que demoro um pouco mais para me excitar. De qualquer forma, um DVD dura várias transas, porque nunca vemos até o final de uma vez só”, conta.
Ao alcance de um clique
Além das bancas de jornal, os DVDs pornôs estão à venda em sex shops e pela Internet – não tem desculpa: só não vê quem não quer. As cenas ficam guardadas na nossa memória e compõem um banco de imagens que será usado na hora certa. Provavelmente, na hora agá. A webdesigner Giulia L., 30 anos, procura vídeos na Internet. “Descobri alguns sites que disponibilizam vários trechos por dia e eu faço download daqueles que me interessam mais”, conta ela, que, na maioria das vezes, vê sozinha. “Eu já levei o laptop pra cama para ver com o meu namorado, mas achei que ele ficou meio intrigado com a minha iniciativa”.
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Julia confessa que está à espera de que o parceiro proponha uma próxima sessão em breve. “Já roubei várias idéias dos filmes. Depois coloco em prática”, revela ela, que sabe que o namorado procura pornografia na Internet também. Aliás, quem nunca botou “vídeos eróticos” em sites de busca? “É claro que ele vê, mas prefere ver sozinho, infelizmente”, lamenta.
Faz mal?
Embora não apresente contraindicações, há quem diga que os filmes pornôs podem ser nocivos ao relacionamento. E não estamos falando das lendas como “nascer pêlos nas mãos”, ou “ter espinha”. Aconteceu na casa de Maria P., 35, que se viu refém do canal erótico da tv por assinatura. “Logo que casamos, resolvemos assinar o canal. No início foi bastante excitante. Agora parece que a gente está viciado e só começa a transar depois de assistir a uma boa meia hora de pornô”, conta ela, que não sabe o que fazer. “As transas são sempre ótimas, mas me incomoda depender do filme para que ele me procure”. Na casa dela, “ver filme” virou sinônimo de “transar”. “Ele vira pra mim e diz ‘vamos ver um filminho’ e aí já sei que ele está a fim. O problema é que o sexo passou a ser impessoal”, reclama.
Segundo Gerson Lopes , sexólogo e coordenador do Projeto Sexualidade com Qualidade da Associação Saber, na intimidade somos muitos mais reprimidos do que admitimos em sociedade: “Ver filmes pornôs com o parceiro seria muito saudável, trazendo à tona as fantasias sexuais do casal que são o alimento do erotismo. Mas no Brasil os filmes ainda são vistos como algo negativo ou feio”.
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Lopes lembra que nos Estados Unidos a indústria pornográfica é maior, com filmes segmentados para o público feminino e também com caráter educativo, além de ser amplamente divulgada pelos jornais de grande circulação – algo que não acontece no Brasil.O importante é que seja excitante para os dois – homem e mulher. “A maior queixa feminina é que os filmes são muito cansativos e reduzem o prazer ao encontro de genitálias. Falta história, sensualidade, conquista”, sinaliza Gerson, que, ainda assim, vê mais pontos positivos do que negativos na pornografia.
Sobre a dependência dos filmes para se ter sexo, Gerson Lopes sugere uma conversa. “Impessoal é quando se faz tudo sozinho. É lógico que recorrer ao filme sempre que se quer ter relação é uma limitação do casal. Por isso, deve-se procurar outros estímulos, além do canal erótico, para sentir desejo”, finaliza.
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