BDM: Além da peça Vórtice, com estréia prevista para o próximo ano, que outros projetos você pretende realizar em 2008?
MP: Vou ensaiar o musical “História do Teatro Musical Brasileiro”, espetáculo de Ivaldo Bertazzo. Ainda vou dirigir a peça “Irma Vap” e estou reservada para a próxima trama de Wolf Maya. E devo percorrer algumas cidades com o espetáculo “Doce Deleite”.
BDM: Por falar em “Duas Caras”, a sua personagem Gioconda foi um dos grandes destaques da trama. Em boa parte das gravações, você dividiu as cenas com atores. Qual foi o saldo dessa experiência?
MP: Foi muito gratificante. Até porque todos os atores iniciantes que contracenei em “Duas Caras” estudam muito e são disciplinados. Então, fica fácil de trabalhar com eles. Eu acho que os jovens respeitam e estão abertos para troca. Isso é ótimo e até prefiro trabalhar com eles.
BDM: No seu livro “Cartas a uma jovem atriz”, você dá dicas a atores iniciantes. O que realmente não pode faltar para os novos talentos que estão chegando ao mercado?
MP: A primeira dica que dou é comprar o meu livro. Lá está cheio de toques importantes, como falar da minha experiência para esses atores ajuda. Mas o principal é estudar e estar sempre aberto para assimilar novos conhecimentos. Isso faz qualquer um ir longe.
BDM: Você já fez grandes mulheres no teatro como Chanel e Maria Callas. Com qual delas você se aproxima mais?
MP: Com todas. Ator é uma página em branco para estar pronto sempre para um personagem. Para falar a verdade, eu me identifico não só com essas duas grandes mulheres, ícones que todos conhecem. Mas até mesmo com aquelas mais simples que eu já interpretei. Posso listar desde a empregada à prostituta; como as mais românticas, normais. Enfim, tudo é marcante.
BDM: Com 60 anos de carreira, quais seriam os grandes nomes da dramaturgia que você citaria?
MP: Não precisa ir longe. “Duas Caras” estava repleta de nomes. Atores maravilhosos como o Stênio Garcia, Betty Faria, Antônio Fagundes, Susana Vieira, Zezé Motta, Pedro Paulo Rangel, Laura Cardoso, entre tantos outros nomes. Tenho o privilégio de ter trabalhado com quase todos e isso me satisfaz.
BDM: Que livros você sempre deixa em cima da cabeceira?
MP: Estou lendo “As Tais Frenéticas”, da minha irmã Sandra Pêra, e “Uma Vida Inventada”, de Maitê Proença. Além disso, sempre estou lendo roteiro de cinema e estudo peças para o teatro. Nunca estou parada. Graças a Deus!





