A ONU, Organização das Nações Unidas, instituiu o 25 de outubro como o Dia Internacional Contra a Exploração da Mulher. Mesmo com tantas vitórias e direitos adquiridos, redução da discriminação de gênero, a data ainda é um momento de reflexão para todas as formas de preconceito, julgamentos e submissão a que muitas mulheres em todo o mundo (e mais próximas do que se pode imaginar) ainda estão submetidas.
Conquista de direitos
Durante décadas, a mulher não tinha direito ao voto, à carteira de trabalho, ao divórcio e diversos outros benefícios sociais, como a licença-maternidade. No Brasil, parte desses direitos foram conquistados no governo de Getúlio Vargas, em 1932, quando se previu mais liberdade e melhores condições de vida e trabalho para as mulheres.
Porém, mesmo com as conquistas citadas acima, de direitos adquiridos e menos discriminação de gênero, ainda existem diversas formas de exploração e preconceito veladas. Entre elas, as diferenças salariais e de valorização em planos de carreira, cargos de trabalho, como os públicos e cumprimento de jornada dupla de trabalho são práticas instituídas socialmente.
Mudança de paradigma
Parece que de alguma forma essa realidade vem se transformando. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), as mulheres ocupam 58,5% dos cargos públicos, o número de mulheres chefes de família dobrou em uma década, 58,15% de indivíduos com pelo menos o nível superior de graduação concluído são mulheres, e a População em Idade Ativa (PIA) é 47,3% feminina.

Porém, embora a situação tenha melhorado bastante nas últimas décadas graças ao embate travado pelos grupos dedicados à luta pela igualdade de gênero e contra a discriminação, há ainda muito que se avançar. Assim que assumiu sua gestão, o presidente Michel Temer extinguiu o Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, transformando a pasta em uma secretaria.
Por mais que nos últimos quatro anos o Brasil tenha contado com um aumento de 700% nos serviços especializados para as mulheres, os serviços ainda não alcançaram 10% dos municípios brasileiros. De acordo com o Mapa da Violência 2015, o Brasil ocupa a 5º posição entre os países do mundo, com relação à taxa de homicídios de mulheres, com uma taxa de 4,8 homicídios por cada grupo de 100 mil mulheres.
Segundo dados do PNAD/IBGE, 48% das mulheres que são agredidas relatam que a violência aconteceu em sua própria residência. Outros números divulgados pelo Instituto Avon/Data Popular demonstra que 56% dos homens admitem já terem cometido alguma forma de agressão entre xingar, empurrar, agredir com palavras, dar tapa, dar soco, impedir de sair de casa ou obrigar a fazer sexo.
Frente aos números expostos e à situação atual de ausência ou de sub-representação das mulheres no poder Executivo e no poder Legislativo em plano nacional, há uma certa preocupação para que se intensifique as ações de conscientização e garantir que homens e mulheres possam exercer os mesmos direitos. Afinal, todos são iguais perante a Constituição.
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