https://www.instagram.com/p/B24x1HCnZ3Y/?lite=1
A atriz e ativista feminista Nina Marqueti foi vítima de violência sexual aos 16 anos, enquanto era consultada por seu pediatra. Após anos de silêncio sobre o abuso vivido, ela criou a peça solo “A Flor da Matriarca”, que abriu os olhos de muitas pessoas sobre esse tipo de crime e a tornou porta-voz de a uma plataforma de denúncias de casos similares.
O movimento foi criado a partir de uma coalizão de coletivos feministas que tem como objetivo conscientizar a sociedade a respeito da violência contra as mulheres praticada por profissionais de saúde.
#ondedói reúne denúncias contra médicos
https://www.instagram.com/p/B5vd-GuB74f/?lite=1
Após a divulgação da campanha, o Twitter foi tomado pela hashtag #ondedói. O termo reúne histórias de mulheres que passaram por casos de violência e abusos médicos (homens e mulheres).
A ideia de compartilhar histórias é mostrar que as vítimas não estão sozinhas e encerrar o silenciamento que só facilita esse tipo de crime. São histórias chocantes, mas que servem para sensibilizar e conscientizar a sociedade.
Veja alguns dos relatos:
Fui numa consulta com um otorrino, era a primeira vez que estava indo sem a minha mãe… Ele falou que iria auscultar meu pulmão (estava com tosse), colocou o esteto no meu peito e falou que teria que examinar por dentro do meu sutiã, começou a apalpar meus seios, + #ondedoi
— isa (@isabelasls_) December 11, 2019
#ondedoi uma vez fui fazer um exame ginecológico (transvaginal), me lembro de reclamar de dor e a médica me disse: "pelo menos é mais fino do que o do seu namorado, né?" Eu infelizmente era mais insegura na época e não denunciei, só quis ir logo embora dali. Triste!
— Nêssa (@vanpzz) December 11, 2019
https://twitter.com/clieaxx/status/1204736676679049217
#ondedoi teve uma vez que fui numa consulta com ortopedista pra ver meu joelho, e fui de vestido. Tinha 18 anos e tava sozinha. Ele me pediu pra andar de cócoras e com as pernas abertas em direção a ele e ficava fazendo cara de safado vendo minha calcinha. Fora as piadas sexuais
— vivit 🖤🤍🎀 👧🏻 (@vivianself_) December 11, 2019
A primeira vez que eu fui ao ginecologista depois de perder a virgindade ele introduziu o dedo no meu canal vaginal e eu contraí involuntariamente.
Ele disse que eu ia ”dar muito prazer aos meus parceiros” porque eu era ”muito apertadinha” #ondedoi
— Krish (@kribshna) December 9, 2019
Eu tava grávida de uns 5 meses, tive um sangramento e corri pro hospital. Depois de qse 1 hora de espera, a médica, na hora do atendimento: "vamos ver se é outro aborto? Só peguei aborto hoje"
Detalhe: eu tinha visto uma gestante abortar na fila de espera.#ondedoi— Nina (@ninatrez) December 10, 2019
Fui abusada por um médico em um hospital particular. Eu tinha uns 7 anos. Ele me levou para trás do biombo p exame, me deitou. Uma mulher o acompanhava, ele introduziu os dedos em meu órgão enqto eles riam muito e ele a beijou.
Era a minha garganta q estava inflamada..#ondedoi pic.twitter.com/oH0JcSoSEA
— Lika 🎃💐🏴 (@Lady_Barbarah) December 9, 2019
Além de mapear os casos, a plataforma oferece uma rede de apoio, emocional e jurídico, às vítimas.
Para participar da campanha, acesse ondedoi.org e preencha o formulário.
Assista ao vídeo da campanha:
https://www.instagram.com/p/B5535MFAmYN/
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