Dicas para evitar dor em bebês

A percepção da dor é uma qualidade inerente da vida, presente em todo ser constituído de sistema nervoso central. Nas últimas décadas, vários estudos comprovaram que o recém-nascido sente dor, mesmo se o seu nascimento ocorrer prematuramente, pois ele apresenta condições anatômicas, neuroquímicas e funcionais para a percepção, integração e resposta aos impulsos dolorosos.

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“Desde o nascimento os bebês expressam suas necessidades físicas e emocionais através do seu comportamento, dependendo exclusivamente da observação, avaliação e habilidade de quem o assiste para receber o alívio seguro e efetivo de seu desconforto.

Portanto, a avaliação da dor nos recém-nascidos e lactentes baseia-se nas modificações de órgãos, sistemas e comportamentos ocorridos após um evento doloroso agudo”, explica a pediatra e neonatologista Rita de Cássia Xavier Balda.

Linguagem dos bebês

Os bebês apresentam um modo característico e específico de responder à dor, eles parecem possuir uma “linguagem própria” para expressá-la. O reconhecimento desta linguagem por parte do adulto que cuida do recém-nascido é fundamental para a sua avaliação adequada e para o emprego de um tratamento eficaz.

De acordo com a médica, esta “linguagem de dor” pode ser decodificada através da

observação de variáveis fisiológicas (através de mudanças na freqüência cardíaca, na

freqüência respiratória, na pressão arterial, na variação da necessidade de oxigênio entre e outras) e de variáveis comportamentais (através de uma “linguagem corporal” como o choro, a movimentação corporal, as alterações no estado de sono e vigília e a expressão facial).

O choro é considerado uma manifestação importante dentro do repertório da expressão não verbal, sendo a principal modalidade de comunicação entre o recém-nascido e quem dele cuida. “O choro de dor é caracterizado como de início súbito, sem a antecedência de gemidos, apresentando uma longa duração e seguido por um período de pausa”, diz dra. Rita.

Durante um estímulo doloroso eles apresentam rigidez ou arqueamento do tronco e movimento de retirada dos membros. Para os pais, no dia-a-dia é importante observar mudanças no comportamento do bebê e isso também vale para os de primeira viagem, pois eles já o fazem de maneira intuitiva e na maioria das vezes acertam. “Lembre-se de que o bebê também pode chorar ou fazer caretas por vários outros motivos”, afirma a neonatologista.

Dicas para amenizar a dor

  • Se há algo apertado na roupa do bebê, incomodando ou mesmo machucando.
  • Se ele está muito agasalhado ou se está sentindo frio. Lembre-se, principalmente, de não agasalhar demais o seu bebê no verão, pois ele não sente mais frio do que você.
  • Se a fralda está molhada ou suja.
  • Se ele está com fome. Vale lembrar que nos meses mais quentes o bebê pode querer mamar mais vezes por necessitar de mais líquidos, e mesmo que seu filho não tenha horários rígidos para as mamadas, os pediatras aconselham que os bebês não fiquem mais de 4 horas sem mamar.
  • Se ele está com cólica. Até mais ou menos o 3° mês de vida os bebês podem apresentar um período de cólicas intermitentes de difícil resolução e até hoje não se sabe ao certo porque isso acontece.
  • Durante um episódio de dor de qualquer natureza não medique o seu bebê sem orientação médica, pois muitos remédios, pois podem haver alguns efeitos colaterais graves.
  • Na maioria das vezes, tendo sensações dolorosas ou desconfortos, o bebê pode necessitar apenas do acolhimento de um adulto.

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