Resolvi tirar umas férias, e, nesse período, pude refletir um pouco. Com base nos meus dias de “relax”, convido vocês a desenvolverem comigo os primeiros rascunhos de um projeto-piloto: a casa ideal para quem vive sozinho nos tempos modernos.
Faz um tempo que penso em buscar informações que realmente embasem este projeto. A idéia é ir além de atender ao “briefing” do cliente que mora só, é ditar a tendência das casas modernas adequadas a esse público. Posso ser categórica em dizer que nossas casas ainda obedecem a padrões antiqüérrimos de setorização, bem próximos aos das residências da “Belle Époque” francesa, onde a área social e serviço se separam sempre que a metragem permitisse.
O computador tem que estar à mão e ter fácil acesso para eventuais consultas rápidas: desde receitas a compra de bilhetes de cinema. Logo, wi-fi é imprescindível!
A arquitetura de interiores dita o comportamento do morador/usuário dentro do espaço e, por isso, quero absorver todas as informações possíveis sobre os novos conceitos da vida moderna, para proporcionar espaços mais funcionais e práticos.
Vocês já devem ter ouvido falar muito nos espaço multifuncionais, como portas de correr que integram e isolam os ambientes, escritórios que viram quarto de hóspedes…
Precisamos projetar uma casa que atenda ao ritmo prático de vida, à tecnologia e à nova condição familiar em que vivemos. E, para isso, quero saber mais como é a rotina de quem vive só. Mas precisamos nos desvencilhar dos conceitos convencionais dos ambientes que compõem a casa: a sala de estar, a sala de jantar, os banheiros e os quartos.
O uso do computador, por exemplo, pode nos ajudar a pensar nisso. Um ótimo companheiro do mundo moderno, o laptop, circula por todos os ambientes da casa e não pertence a nenhum deles necessariamente. O computador tem que estar à mão e ter fácil acesso para eventuais consultas rápidas: desde receitas a compra de bilhetes de cinema. Logo, wi-fi é imprescindível!
Nesse nosso projeto, o ambiente-escritório destinado somente para o uso do computador será banido das casas. Espaço para livros e documentos com certeza se fará necessário, mas nada que uma bela estante não resolva.
Há uns meses, sugeri que um ambiente criado convencionalmente para ser uma sala intima, fosse uma área de refeições e home office integrados por uma longa mesa de três metros. Como o morador não costumava fazer refeições em casa, esta solução se encaixava com propriedade. Neste projeto-piloto, não imagino sala de jantar convencional, mas sim uma bancada na cozinha como prolongamento da área social ou uma mesa como esta que citei acima. Sem formalidades.
Hoje, o banheiro é uma área nobre da casa. Ele deve proporcionar momentos de relaxamento e de bem-estar, em meio à rotina intensa que vivemos. Cada vez mais, os fabricantes de louças e metais investem em peças com design diferenciado; há banheiras que são quase esculturas. Gosto da idéia de integrar parte deste ambiente ao quarto, nada que perca a privacidade, mas que possa proporcionar um contexto mais charmoso à casa.
Conversando com uma pessoa que trabalha com comunicação ela evidenciou sua febre por blogs e vídeos domésticos. As pessoas hoje querem ver e serem vistas nas situações mais cotidianas possíveis. Como vocês imaginam que esse comportamento tão eminente reflita nas suas casas? A área do uso do computador deverá ser comum ou privado? Sem duvida, há muito que se pensar sobre o tema.
Já nos quartos, mantenho a idéia de camas muito confortáveis e lençóis deliciosos que nos refaçam do desgaste da rotina. Nada como dormir bem…
Enfim, não tenho a pretensão de finalizar este projeto hoje, mas conto com vocês para trocar novas informações sobre o tema. Prometo, que assim que concluir este projeto-piloto, vocês, as co-autoras, serão as primeiras a receber os primeiros traços!