Prós e contras da reposição hormonal

por | jun 30, 2016 | Casa

Para alguns, chegar à casa dos 40 e 50 anos é sinônimo de preocupações com a saúde. É bem verdade que, nesta faixa etária, a disposição não é mais a mesma de quando se era jovem, porém isso não significa perder qualidade de vida. Dois dos primeiros sinais de que o corpo está mudando são a menopausa e a andropausa. A reposição hormonal para esses casos é uma das indicações dos médicos para ajudar a minimizar os problemas. Mas é preciso pesar os prós e contras da medicação, para então decidir o que é melhor para cada um.

Menopausa nas mulheres

Corresponde a perda da função dos ovários e ocorre com mulheres entre 48 e 52 anos. “O uso de hormônios poderá reduzir esse impacto”, avalia o ginecologista Luiz Sampaio, professor de ginecologia da Faculdade de Medicina da PUC Sorocaba. Segundo ele, existem contraindicações de reposição hormonal para mulheres com câncer de mama ou de endométrio, que tenham doença vascular coronariana ou tenham tido infarto do miocárdio, hipertensão arterial grave, diabetes mellitus descompensada, lúpus eritematoso sistêmico e disfunção renal ou cirrose hepática.

Prós

  • Reduz a osteoporose;
  • Melhora os níveis de colesterol e as funções cognitivas;
  • Reduz o risco de demência e de câncer de intestino;
  • Diminui as rugas, aumentando a hidratação da pele;
  • Melhora o humor, prevenindo contra sentimentos de depressão.

Contras

  • Aumenta os triglicérides e o risco de tromboembolismo, que são tipos de obstruções dos vasos sanguíneos;
  • Piora a hipertensão arterial;
  • Crescem as possibilidades de desenvolvimento de alguns tumores, como câncer de mama e no útero;
  • Há a possibilidade de retenção de líquido, dor nas mamas e piora da TPM.

Andropausa nos homens

Frequentemente, acomete os homens a partir dos 40 anos, por causa da diminuição da produção de hormônios masculinos. Com isso, os níveis de testosterona costumam baixar. “Acho perfeitamente viável que se proceda uma reposição hormonal. Porém, não antes de termos certeza de que o paciente não é portador de carcinoma prostático (câncer de próstata)”, afirma o urologista Saul Gun, coordenador da disciplina de Urologia e chefe do Serviço de Residência em Urologia da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Sorocaba.

Prós

  • Ajuda a melhorar a ansiedade, sintomas de depressão e desânimo, em geral;
  • Faz com que aumente a libido, a excitação sexual e evita a disfunção erétil;
  • Auxilia na restauração da massa óssea, força muscular e composição corporal.

Contras

  • Piora de uma doença prostática que não tenha sido diagnosticada anteriormente;
  • Aumento do risco de doença cardiovascular;
  • Piora ou aparecimento de apneia do sono, no caso de doses muito altas de testosterona;

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