Prevenir câncer de colo de útero, uma das doenças que mais atinge mulheres no Brasil, é bastante possível
O câncer de colo de útero pode ser uma doença devastadora. Dados alarmantes divulgados em um estudo da MSD Brasil apontam que cerca de 60% dos casos são diagnosticados em estágio avançado, reduzindo as chances de cura e gerando gastos maiores para o Sistema Único de Saúde (SUS).
Este, no entanto, não é o único problema envolvendo a doença no Brasil. Uma questão importante de se frisar e que quase 100% dos casos desse câncer têm relação com outra doença – e ela pode ser evitada a partir de uma vacina disponível gratuitamente no País. Entenda abaixo:
Como prevenir câncer de colo de útero?

O câncer no colo do útero é apontado pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) como o câncer que mais mata mulheres até os 36 anos no Brasil. No entanto, essa letalidade é algo que poderia ter uma queda drástica com a maior adesão à vacinação contra o HPV (papilomavírus humano). Isso porque, conforme estima o Ministério da Saúde, 99% dos diagnósticos têm ligação com a infecção pelo vírus – e, portanto, preveni-lo é também uma forma de prevenir o câncer.
Essa ligação acontece porque o HPV, especialmente os tipos 16 e 18, podem causar alterações nas células do colo do útero. O organismo é “programado” para combater essa questão, mas quando a infeccão persiste, o DNA do vírus se integra ao das células cervicais, provocando lesões pré-cancerosas. Quando essas lesões não são detectadas e tratadas previamente, podem evoluir para câncer ao longo dos anos.
Vacina para HPV também previne câncer de colo de útero

Disponível gratuitamente no SUS, a vacina contra o HPV faz parte da cartilha de vacinação de meninas e meninos entre 9 e 14 anos, além de outros grupos de risco. Embora a fase antes do início da vida sexual seja apontada como a mais eficaz para receber o imunizante, há na rede particular uma vacina dedicada aos adultos, o que ajudaria a reduzir os casos crescentes de câncer no colo de útero.
Por se tratar de uma vírus transmitido, principalmente, por via sexual, o uso de preservativo durante as relações sexuais também é uma maneira de prevenção. Além disso, o exames ginecológicos periódicos podem auxiliar no diagnóstico precoce e em um tratamento mais efetivo contra a doença.
Exame periódico é essencial
É preciso frisar, porém, que tomar a vacina não elimina a necessidade de realizar os exames ginecológicos anuais. Isso porque é durante o chamado papanicolau – exame íntimo feminino realizado pelo ginecologista – que se identifica outras doenças e lesões pré-cancerosas. Estar em dia com esse exame é uma forma de detectar uma doença grave ainda no início, favorecendo as chances de cura.