Fase pode ser confundida com problemas psicológicos, o que leva a um tratamento inadequado
Muito antes da última menstruação, a mulher já passa por mudanças significativas em seu corpo. Sintomas como ansiedade, insônia, irritabilidade e alterações de libido, por exemplo, são comuns na perimenopausa, que nada mais é do que uma fase de transição que antecede a menopausa.
Entender melhor esse período pode te ajudar a viver de maneira mais leve essa fase da vida. Além disso, saber identificar essa fase é crucial para que você busque ajuda de um médico e comece a olhar para sua saúde de maneira mais acolhedora e se preparando para as alterações hormonais.
O que é perimenopausa?
Como o próprio nome sugere, a perimenopausa é uma fase que antecede a menopausa de fato e pode começar de 8 a 14 anos antes do fim dos ciclos menstruais. Além disso, ela não costuma alterar os exames, o que dificulta o diagnóstico. “Na perimenopausa inicial, os exames costumam vir normais, e por isso o diagnóstico muitas vezes não é feito”, explica a dra. Ana Maria Passos.
De maneira geral, os sintomas começam a aparecer por volta dos 40 anos, mas podem surgir mais cedo ou mais tarde, dependendo da pessoa.
Principais sintomas

Por não apresentar alterações nos exames, é importante estar atenta a pequenos sinais emocionais e também no ciclo menstrual, como:
- Menstruação irregular: ciclos menores, maiores e fluxo alterado.
- Fogachos: ondas de calor e suores noturnos.
- Distúrbios do sono: insônia ou sono interrompido com frequência.
- Mudanças de humor: ansiedade, irritabilidade, tristeza, sensação de desânimo, TPM mais intensa ou até flutuações emocionais.
- Dificuldade de concentração: lapsos de memória, “névoa mental”.
- Alterações físicas diversas: secura vaginal, diminuição da libido, sensibilidade nas mamas, ganho de peso, alterações de pele e queda de cabelo.
Identificar esses sintomas e dar atenção a eles é de extrema importância para que você possa buscar o tratamento correto.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico é clínico e, por isso, requer um profissional qualificado e especializado. De outro modo, pode ser confundido com outras causas, o que fará com que o tratamento não seja adequado.
O tratamento mais indicado é a reposição hormonal, uma vez que se trata de um problema causado por alterações nos hormônios. Além disso, um estilo de vida saudável também pode ajudar. “Uma alimentação anti-inflamatória e a prática regular de atividade física são fundamentais para o manejo dos sintomas”, orienta dra. Ana Maria Passos.