Libido não some após os 60 anos: como ela se reinventa em mulheres

Embora seja comum já no início do climatério, a falta de desejo sexual não é algo definitivo

Um dos primeiros sinais do climatério é, sem dúvidas, uma mudança no desejo sexual. No entanto, isso não significa que a chegada da menopausa marca o fim do prazer em sua vida. Afinal, a libido não chega ao fim após os 60 anos. Na verdade, ele passa por mudanças e se adequa a sua nova fase. Entenda melhor abaixo.

Como fica a libido da mulher após os 60?

(Crédito: Drazen Zigic/freepik)

“O desejo não é uma lembrança da juventude. É uma extensão da vitalidade e precisa ser tratado como parte essencial da saúde feminina”, afirma a médica e pesquisadora Fabiane Berta. Por isso, embora a queda hormonal possa causar ressecamento vaginal, alterações no humor e perda do interesse sexual, isso não significa o fim. “A sexualidade feminina não acaba com a fertilidade. O que falta é prescrição inteligente, abordagem personalizada e menos julgamento”, alerta a médica.

A reposição hormonal, por exemplo, pode ser uma maneira muito eficiente de combater esses sintomas, desde que feita com critério e individualização. Além disso, fisioterapia pélvica, uso de lubrificantes, atividade física regular e apoio psicológico também apresentam bons resultados.

“Quando olhamos para a mulher como um sistema complexo e não como um útero em fim de carreira, tudo muda. Ela responde e responde bem”, reforça Fabiane.

Com o avanço da ciência, há um novo olhar para a libido feminina, que por anos foi negligenciada. “O prazer não tem data de validade. O que tem prazo curto é a paciência das mulheres com o silenciamento histórico que vivemos. É hora de falar de sexo, de desejo e de potência com ciência e sem pudor”, conclui Fabiane.

Saúde feminina