Não sentir vontade de ser mãe e, de repente, abraçar uma criança, em um país completamente diferente do seu, sentindo todo aquele ‘maior amor do mundo’. Foi com lágrimas nos olhos que Giovanna Ewbank relembrou o seu primeiro encontro com a primogênita Titi, de nove anos, durante o programa “Histórias de Família”, da GNT.
Ela e o marido, o ator Bruno Gagliasso, também relembraram as dificuldades do processo de adoção, o primeiro feito entre o Brasil e Malawi.
Processo de adoção
Inicialmente, a apresentadora não tinha a intenção de ser mãe, algo que ela sabia que geraria conflito com o companheiro. Porém, durante uma viagem a trabalho, em 2016, tudo mudou, pois ela conheceu o abrigo em que encontraria a sua maternidade. Hoje, no entanto, o casal, que está junto há 12 anos, também são pais de Bless, de sete anos, e Zyan, de dois.
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“Antes de alguém bater na porta, a Titi abriu a porta. Aquele toquinho, ela tinha um ano e três meses. Nossa, eu comecei a tremer. Não sei o que aconteceu comigo na hora. Olhei para ela, me deu um gás, uma sensação de montanha russa, um frio na barriga. Ajoelhei na hora e abracei. Ela me abraçou. Eu comecei a chorar. Eu nunca tinha sentido nada parecido. Uma vontade de proteger, de abraçar e colocar ela dentro de mim […] Eu não posso ir embora daqui e deixar ela. Eu não posso ir embora sem ela”, disse ela, com lágrimas nos olhos.
Bruno, também emocionado, brincou que precisou interromper a mulher, que estava no telefone lhe contando que havia encontrado sua filha. “Não, você encontrou a nossa filha. Me conta como foi e como eu faço para ir aí. Ela ficava me mandando um monte de vídeo e eu só pensava que precisava ir para conhecer minha filha”, disse o ator.
Ele aproveitou para revelar também como foi seu primeiro momento com Titi. “Eu lembro de uma cena muito forte, porque ela não me conhecia, né? Ela estava comendo. Eu falei: ‘Chissomo?’ e abri os braços e ela veio correndo na minha direção. Aí ela lembrou da manga e ficava olhando pra mim, olhando pra manga, veio e me abraçou, foi um reencontro também”, lembrou ele.
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A jornada de adoção da Titi
Durante o processo de adoção, os dois passaram por várias dificuldades, pois essa foi a primeira entre o Brasil e Malawi. “Foi tudo do zero. Nem os advogados de lá e os daqui sabiam como fazer”, revelou Giovanna. “A gente tinha a guarda provisória da Titi, depois de todo o processo. Mas, isso não nos dava o direito de trazer a nossa filha para o Brasil. O quarto dela ficou pronto durante um ano e meio, e a gente lá, sem saber quando poderia ter a guarda definitiva”, contou a apresentadora.
Enquanto a esposa resolvia seus trabalhos no Brasil, o ator foi para o país africano e ficou mais do que os dez dias que tinha se planejado. “Eu não conseguia ir embora. Então, fui procurar advogado, fui na embaixada e fui conhecer aquele lugar e aquelas pessoas. Nosso primeiro advogado deu muitas esperanças, e isso foi muito dolorido. Ele falava que a Titi poderia ir embora com a gente em uma semana. Só que isso não aconteceu”, pontuou ele.