Choro excessivo e tristeza podem ser normais no pós-parto, mas a duração dos sintomas faz toda a diferença
Diante da enxurrada de mudanças que traz o nascimento de um bebê, muitas das emoções nem sempre são positivas, e isso não deve ser um tabu.
Diversas mulheres passam por períodos de instabilidade emocional nos primeiros meses, sendo ou não mães de primeira viagem. Eles podem variar de uma leve melancolia até quadros mais graves de depressão.
E é nessa linha tênue que está a importância de saber se a situação tem sintomas do conhecido “baby blues” ou de uma depressão pós-parto. Afinal, entender o que se sente é o primeiro passo para buscar pela ajuda correta. Saiba mais abaixo.
Baby blues: sintomas

O chamado “baby blues” é uma reação emocional que afeta as mães logo após o parto e, diferente da depressão pós-parto, tem um momento determinado para terminar.
No entanto, quando os sintomas persistem ou se agravam por mais de duas semanas, pode se tratar de uma depressão pós-parto, de acordo com Rafaela Schiavo, psicóloga perinatal e fundadora do instituto MaterOnline.
Algumas características do baby blues são:
- Choro fácil;
- Irritabilidade;
- Mudanças repentinas de humor.
Depressão pós-parto: o que é quais são os sintomas?

Já a depressão pós-parto pode aparecer em mulheres que já tenham histórico de depressão, complicações no parto, falta de apoio ou que passaram por traumas emocionais.
Alguns dos sinais da depressão pós-parto são:
- Tristeza intensa e persistente;
- Cansaço extremo que não melhora com descanso;
- Dificuldade em criar vínculo com o bebê;
- Alterações no apetite (comer demais ou muito pouco);
- Pensamentos negativos, como sentimentos de fracasso ou culpa.
De acordo com a especialista, nesses casos é imprescindível buscar orientação de um psicólogo e/ou psiquiatra o quanto antes.

“O tratamento pode incluir psicoterapia e, em algumas situações, medicação. A participação da família também é importante na recuperação”, alerta Rafaela, que ainda aconselha a prática de evitar comparações com padrões irreais de maternidade. “Cada uma tem uma experiência única”, conclui ela.