FIV recíproca

Brunna Gonçalves está gestando óvulo de Ludmilla fecundado por doador: entenda como foi a FIV

Processo chamado de FIV recíproca assegura que as duas mães se envolvam ativamente na gestação

Em dezembro de 2023, Brunna Gonçalves e Ludmilla afirmaram ter iniciado o processo de Fertilização in Vitro (FIV) para que pudessem ter um filho. Agora, quase um ano depois, Brunna está grávida – e, abaixo, explicamos como foi o processo, conhecido popularmente como FIV recíproca.

Brunna e Ludmilla esperam bebê: FIV recíproca é diferente

FIV recíproca
(Crédito: Reprodução/Globo | Reprodução/Instagram @ludmilla)

Juntas desde 2018, Brunna Gonçalves e Ludmilla serão mamães. O anúncio foi feito por elas recentemente, mas o processo não é de agora. Isso porque, por serem mulheres, elas tiveram de recorrer à reprodução assistida, processo pelo qual um embrião é gerado em laboratório e transferido para o útero da que vai gestar.

O processo de Brunna e Ludmilla para engravidar, no entanto, foi um pouco diferente. Quando se faz FIV em um casal heterossexual, a mulher é preparada com medicamentos, tem os óvulos colhidos e fecundados pelo esperma do parceiro (ou doador). Por fim, o embrião é transferido para o útero dela e a gestação pode ou não vingar.

No caso de Brunna e Ludmilla, no entanto, se trata da FIV recíproca. Esse processo serve para que as duas mães possam se envolver ativamente na gravidez. Ele consiste no óvulo de uma delas fecundado com o esperma de um doador dando origem a um embrião implantado no útero da outra mulher.

FIV convencional entre duas mulheres

FIV recíproca
(Crédito: Reprodução/Instagram @ludmilla)

Há situações em que, por escolha ou necessidade, a FIV recíproca não é possível. Sendo assim, casais homoafetivos formados por mulheres também podem passar pela FIV convencional, em que a mesma pessoa que doa os óvulos também gesta o embrião fecundado pelo sêmen do doador.

Preparação para FIV recíproca

No processo de FIV recíproca, uma das mulheres é a mãe biológica da criança, enquanto a outra a carrega no ventre. No caso de Ludmilla e Brunna, a cantora é a mãe biológica, pois doou os óvulos para fecundação, enquanto a dançarina é a gestante. Para isso, porém, ambas precisam se preparar.

Isso porque, para se fazer a coleta de óvulos, a mulher precisa liberar mais de um em um único ciclo. Para que isso aconteça, ela precisa fazer o que se chama de estimulação ovariana, que garante a ovulação múltipla. Isso aumenta o número de óvulos aspirados na coleta e, consequentemente, traz mais chances de uma fecundação bem-sucedida.

(Crédito: Reprodução/Globo)

Além disso, a mulher que receberá o embrião também passa por exames. Eles servem para que especialistas conheçam o estado clínico dela e possam determinar se ela está propícia para receber um embrião. O aparelho reprodutor dela também passa por exames durante esse processo – como informado por Brunna em 2023.

As duas não deram detalhes, ainda, de como foi a escolha do doador de sêmen. É sabido, porém, que esse processo revela atributos físicos e de saúde dos possíveis doadores para que as mães escolham. Conforme contaram no passado, o processo foi feito em uma clínica especializada em reprodução assistida nos Estados Unidos.

Reprodução assistida