Bebês trocados na maternidade: como garantir que isso não aconteça com você

Um caso recente de  troca de bebês na maternidade ocorrido em São Paulo deixou muitas mães e pais em alerta. Segundo a mãe de um dos bebês relatou em sua página no Facebook, depois de uma demora para levar sua filha recém-nascida ao quarto a enfermeira pediu para trocar a pulseira da menina, que estaria com o número do quarto errado. Foi então que o marido desconfiou e pediu para que a enfermeira tirasse a roupa do bebê: era um menino. Passado o susto e o choque, a troca foi desfeita e o hospital disse que está investigando o caso.

Leia também:
40ª semana de gravidez: indo para a maternidade
O que levar para a maternidade?
Conheça seus direitos da licença-maternidade

Essa pulseira, cujo número diferente foi notado, é a principal forma de identificação dos bebês no nascimento. O ginecologista e obstetra Antonio Paulo Stockler diz que quando a paciente vai dar à luz há um par de braceletes numerados identicamente. Um fica com a mãe e o outro, com a criança. “Quando eles vão deixar a maternidade, a segurança confere se a numeração é igual. Em muitas maternidades privadas, o bracelete é eletrônico e a leitura é realizada por meio de scanner, mas infelizmente ainda não há esse procedimento em todas as maternidades públicas”, explica. 

Como impedir troca de bebês

Segundo ele, é raro ocorrer troca de bebês atualmente. Mas, para garantir a segurança dos pais, algumas dicas são importantes. “O recomendado é, quando o bebê nascer, identificar alguma característica física peculiar, como uma pinta ou o formato do nariz, e, de preferência, fotografar essa característica para não ter nenhum tipo de problema”, orienta.

Ele alerta também para a observação da tipagem sanguínea, que deve ser coerente com o pai e a mãe da criança. “Por exemplo: se a mãe é A e o pai B, o bebê pode ser A, B, AB ou O. Mas se os pais são A, a criança só pode ser A ou O”, explica. 

Caso a mãe ou o pai percebam que houve troca de bebês, eles devem denunciar o caso na delegacia, porque depois terão que solicitar um exame de DNA para comprovar que houve a troca.