Coletar células-tronco na troca de dentes da criança: especialista diz como e porquê

por | set 2, 2016 | Gravidez e bebês

A ciência tem avançado em alta velocidade em relação ao uso de células-tronco no tratamento de várias doenças. Testes clínicos revelam a sua contribuição no combate à diabetes, cirrose hepática, fraturas ósseas e queimaduras de alto grau. Muitas vezes, por falta de conhecimento, o material não é coletado no momento do nascimento do tecido do cordão umbilical (que é uma das fontes de células-tronco) e os pais lamentam terem perdido essa oportunidade.

Dente como fonte de célula tronco

Porém, pouca gente sabe que pais e mães podem armazenar células-tronco dos filhos no momento da troca de dentes de leite pela dentição permanente. “A coleta a partir da polpa de dente de leite é simples e permite aos pais que façam aquilo que seguramente queriam ter feito no momento do parto: armazenar as células-tronco mais jovens possíveis”, explica a médica Mariane Secco.

O processo é simples e os laboratórios fornecem kits para coleta do dente de leite logo após a queda. Além da polpa de dente, o tecido adiposo e o tecido do cordão umbilical são fontes ricas de células-tronco. Para a coleta, basta colocar o dente no pote indicado, assim que ele for extraído, em casa mesmo, como acontece normalmente, e enviar ao laboratório. A partir deste material é feito o isolamento das células-tronco mesenquimais e posteriormente o armazenamento destas células.

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As células-tronco possuem várias vantagens, de acordo com as pesquisas realizadas pelo grupo: são as mais adaptáveis, podem se transformar em células de diferentes tecido, e, por isso poderão ser usadas para diversos fins. “Quanto mais jovens as células-tronco, melhor. E com o congelamento a baixas temperaturas, elas se mantêm com a mesma idade em que foi coletada”, esclarece Mariane.

Esse material poderá ser usado no futuro e, o que é mais importante, existe a possibilidade de expansão (multiplicação em laboratório), sem perda de características e propriedades. “A tecnologia e o conhecimento científico para a expansão de células-tronco não é simples, requer laboratórios de alto padrão e profissionais de ponta, mas permite o uso em mais situações”, explica a pesquisadora.

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