A eficácia deste procedimento é de quase 100%. O risco de recanalização espontânea (quando a tuba uterina volta a ser permeável sem procedimento cirúrgico) é raríssimo. Quando ocorre, pode estar relacionado a erro cirúrgico, falha no material usado, formação de fístulas (trajetos alternativos), entre outros. Importante demonstrar que em estudos de acompanhamento a longo prazo, as pacientes submetidas ao método de eletrocoagulação (uso de energia bipolar) apresentaram maior probabilidade de falha contraceptiva, ou seja, maior chance de gravidez.
Depois do procedimento…
A realização da laqueadura não interfere na libido ou no interesse sexual, porque não altera a produção hormonal. Não apresenta efeitos colaterais, comuns nas pílulas anticoncepcionais e nem interferem no aleitamento materno. Alguns estudos mostraram que mulheres submetidas à esterilização têm a chance diminuída quanto ao surgimento de câncer de ovário.
É importante desmistificar que a laqueadura tubária aumenta o risco de gravidez ectópica (fora da cavidade uterina). Se houver falha no método, a chance dessa gravidez ser ectópica – principalmente na tuba uterina – chega a 65% quando o método de escolha for a eletrocoagulação. Contudo a chance de gravidez (tanto tópica quanto ectópica) é muito pequena.
A literatura apresenta a chamada “síndrome pós-laqueadura”, na qual um percentual considerável de mulheres que passaram pela cirurgia para ligadura das tubas apresenta menorragia (períodos menstruais longos) e sangramentos intermenstruais no período pós-cirúrgico.