Junto com as mudanças hormonais, o corpo da mulher passa por inúmeras transformações físicas durante a gravidez. Tudo para que o organismo feminino esteja pronto para gerar uma nova vida. Porém, algumas dessas alterações podem causar efeitos indesejados e, muitas vezes, permanentes como as estrias.
Estrias na gravidez: quando aparecem?
As tão conhecidas marquinhas da pele chegam a atingir de 55% a 90% das gestantes e podem aparecer durante ou mesmo após a gravidez. “As estrias costumam aparecer principalmente na fase final da gestação, podendo ocorrer inclusive logo após o parto, já que é nesse momento em que a pele sofre o maior estiramento”, explica a dermatologista Paula Sanchez, membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
De acordo com a médica, as estrias surgem porque, durante a gravidez, a pele da gestante estica para acomodar o crescimento do bebê, ocasionando um estiramento das fibras elásticas e colágenas que se assemelha a uma cicatriz.
Embora sejam mais comuns na região da barriga, as estrias aparecem com frequência nos seios, nádegas, flancos e até mesmo nos braços das mulheres. Apesar de ficarem pouco à mostra, as marquinhas nos peitos são justamente um dos maiores incômodos entre as mulheres que tiveram filhos.
Como evitar estrias nos seios na gravidez?
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Durante a gravidez, as mamas da mulher crescem por conta da produção de leite e tendem a estirar a pele nesse processo. De acordo com a médica Paula Sanchez, a genética é o principal fator que define o aparecimento das estrias nos seios.
“É muito difícil evitar ou impedir o surgimento delas quando a pele sofre um estirão importante. Porém, manter a área muito bem hidratada é a principal medida para evitar as estrias nos seios”, aponta. Ou seja, a prevenção é ainda a melhor solução contra as marquinhas.
O cuidado com a pele é necessário desde o início da gravidez e também deve ser estendido após o parto. Segundo a dermatologista, é importante que a mulher mantenha o hábito de hidratar bem a pele, ingerir muito líquido e manter uma alimentação balanceada durante e após a gestação.
Outra recomendação é evitar o ganho de peso em excesso ao longo da gravidez, feito sempre sob supervisão de um médico ginecologista obstetra. Além de proteger a pele, o controle também resguarda a saúde da gestante e do bebê.
Como prevenir
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Ainda que não haja um método 100% eficaz contra as estrias, muitos médicos e especialistas recomendam o uso de cremes e óleos hidratantes que podem ajudar na prevenção do problema. “Os cremes hidratantes podem prevenir o surgimento, pois eles realmente hidratam a pele. Já os óleos não hidratam, mas fazem uma barreira de proteção que deixa a pele macia”, explica a médica Paula Sanchez.
Com tantos produtos disponíveis no mercado, a farmacêutica esteta Marcela Gouveia indica que o ideal é escolher hidratantes que contenham vitamina E, que tem a capacidade de aumentar a hidratação e a elasticidade da pele. “Fazer massagem nas mamas com o creme também ajuda a evitar o aparecimento das estrias”, diz.
De acordo com a especialista, a eficácia dos produtos depende de muitos fatores, como a cor da estria, a profundidade, o tipo de pele da paciente e seus hábitos. “O mais recomendado é realizar uma avaliação com um profissional habilitado e capacitado para saber o tratamento mais indicado. Nem sempre um creme será a solução ideal”, alerta.
Óleo de amêndoas: funciona mesmo?
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Além dos cremes hidratantes especiais, outro aliado das gestantes é o óleo de amêndoas. Baratinho e acessível, ele é considerado um dos produtos mais antigos no combate às estrias. Muitas mulheres, inclusive famosas, garantem que o óleo faz efeito e ajuda a evitar as marquinhas na gravidez. Mas será que ele funciona mesmo?
Médicos e especialistas são unânimes na resposta: não, o óleo de amêndoas não tem efeito direto na prevenção das estrias. Isso porque ele não consegue penetrar na pele e promover a hidratação necessária na região.
“O óleo de amêndoas tem a finalidade de criar apenas uma barreira de proteção na pele, evitando a perda de água e o ressecamento. Se não houver o uso concomitante com o hidratante, ele não será eficaz contra o aparecimento das estrias”, alerta Marcela Gouveia.
Bio-oil: óleo potente para a pele
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Para quem ainda desejar aliar o hidrante a um óleo corporal, o cirurgião plástico Alexander Nassif, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, indica o Bio-oil – feito à base de óleos naturais de plantas e vitaminas.
Encontrado em diversas redes de farmácias, drogarias e perfumarias, ele é vendido em versões de 60 ml, 125 ml e 200 ml.
Os preços sugeridos são de R$ 34,90, R$ 57,90 e R$ 79,90, respectivamente.
Usar sutiã para dormir ajuda?
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Outro método contra as estrias, que é alvo de mitos entre as gestantes, é o uso de sutiã para dormir. De fato, o acessório é recomendado para sustentar o peso dos seios ao longo da gravidez (mesmo na hora de cair no sono!). Porém, ele nada tem a ver com a prevenção das estrias.
“Não existe evidência cientifica que comprove que o uso de sutiã ajude a evitar estrias”, afirma Alexander Nassif. O acessório é apenas uma solução para aliviar a sensibilidade das mamas e dar o apoio necessário para os seios, que ficam bem maiores na gestação.
Diferença entre estrias vermelhas e brancas
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Em geral, as estrias costumam ser classificadas em duas cores: vermelhas e brancas. O tom define não apenas o estágio em que surgiram como também as chances de tratamento.
“As estrias vermelhas ou arroxeadas são aquelas mais recentes. Muitas costumam ser finas, o que significa que o dano de colágeno foi menor. A chance de recuperação da pele é grande, pois ainda não ocorreu a cicatrização completa do estiramento. Já as estrias brancas são aquelas que estão na pele há mais tempo e a lesão apresenta espessura e tamanhos variados. O tratamento é mais difícil, pois não há mais produção de colágeno na área”, explica a dermatologista Paula Sanchez.
Estrias nos seios: quando e como tirar?
Quando a mulher já está com as estrias nos seios, é possível recorrer a tratamentos estéticos que são capazes de melhorar as marquinhas em até 80%. “Primeiramente, deve-se sempre procurar um médico para saber qual o melhor procedimento de acordo com a cor da pele e idade da mulher”, orienta o cirurgião plástico Alexander Nassif.
Entre os mais conhecidos, estão o microagulhamento, os tratamentos com laser e até mesmo o uso de ácidos aplicados por especialistas. Em qualquer um dos casos, é preciso esperar o nascimento do bebê para serem aplicados.
“Não é recomendado iniciar tratamentos anti-estrias durante a gestação, pois a região ainda está em fase de crescimento e não haverá bons resultados. A análise de um obstetra junto a um profissional de estética poderá determinar quais são as opções mais indicadas para um tratamento responsável, que não prejudique a saúde da mãe e do bebê e que consiga amenizar as estrias”, adverte o ginecologista e obstetra Domingos Mantelli.
Tratamentos com laser
Tipos
Muito procurados pelas mulheres, os tratamentos com laser fracionado podem ser iniciados após o parto e até mesmo durante a amamentação. Já o uso de ácidos fica indicado apenas para o período após a amamentação, de acordo com o dermatologista Bruno Vargas.
Os tratamentos a laser para estrias nos seios podem ser ablativos ou não ablativos. Nos dois casos, a paciente pode sentir um pouco de dor – que é amenizada com anestésicos tópicos. Os preços são variáveis e dependem da tecnologia utilizada.
Quem pode fazer?
Para as mulheres que ainda estão amamentando, o tratamento indicado é o laser fracionado não ablativo. “O procedimento promove um grande aquecimento no local da estria. Esse aquecimento não agride a pele e a principal função é estimular a produção de colágeno”, explica a dermatologista Paula Sanchez.
Segundo a médica, são recomendadas cerca de 5 sessões e os resultados aparecem desde a primeira. “Ele pode ser realizado em qualquer local do corpo, desde que não esteja bronzeado. Após cada sessão, o cuidado principal é hidratar a região e evitar tomar sol por 30 dias”, acrescenta.
Já para as mulheres que encerraram o período de amamentação, o mais recomendado é o tratamento com laser de CO2 fracionado ablativo. “O procedimento machuca as camadas superficiais da pele e possui uma eficácia de aproximadamente 50 a 75% nas estrias brancas. O efeito varia de paciente para paciente, sendo necessárias de 2 a 6 sessões”, declara o cirurgião plástico Alexander Nassif.
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