Como já explicamos por aqui, o parto prematuro gera riscos ao bebê. Mas poucas sabem que passar do tempo de gestação também é muito perigoso e que isso, geralmente, acontece em mulheres que esperam o primeiro filho.
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“É mais comum mulheres na primeira gestação passarem das 40 semanas. Isso acontece quando a mãe não entra em trabalho de parto porque não libera o hormônio ocitocina, responsável por promover as contrações uterinas”, explica o ginecologista e obstetra Domingos Mantelli Borges Filho.
Se o parto for adiado por mais uma semana além das 40, a gravidez precisa ser acompanhada diariamente pelo médico. “Acima de 42 semanas o caso passa a ficar complicado e os maiores riscos são para o bebê, podendo acontecer morte fetal graças à diminuição e envelhecimento do líquido da placenta, que passa a fornecer menos oxigênio ao feto. Também podem acontecer outros problemas graves, como o bebê aspirar as próprias fezes, ter paradas cardíacas e, se sobreviver, ter sequelas”, alerta o especialista.
Caso seja necessário intervir para realizar o parto, a mãe é internada e recebe medicação com ocitocina para ter as esperadas contrações. Segundo Domingos Mantelli Borges Filho, é comum que aconteça o prolongamento até as 41 semanas e não há motivo para preocupação, desde que o obstetra acompanhe o passo a passo desse desenvolvimento.