A dificuldade para engravidar é uma questão que aflige milhões de casais. E o sonho pode acabar se tornando uma frustração depois de meses de expectativa e sem sucesso, o que ocorre com uma frequência cada vez maior devido à idade materna avançada.
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Mas independente da idade, em geral de 10% a 15% dos casais apresenta algum tipo de problema de fertilidade. Nesses casos, areprodução assistida surge como uma alternativa para quem deseja ter filhos. A ginecologista especializada em Reprodução Humana, Dra. Rosane Rodrigues explica quais os melhores métodos e como cada um deles funciona.
Fertilização in vitro (FIV)
É uma técnica que consiste na injeção do espermatozóide no óvulo, dentro do laboratório. Na técnica de FIV clássica, os espermatozóides são colocados próximos ao óvulo e a fertilização ocorre espontaneamente. Com o advento de novas técnicas, a seleção morfológica dos espermatozóides permitiu um aumento considerável nas taxas de gestação.
Para o estímulo ovariano, há dois protocolos clássicos possíveis: o longo e o curto. No protocolo longo, o bloqueio ovariano se inicia na fase secretora do ciclo anterior. A paciente irá menstruar por volta de 14 dias após o início da medicação. No 3º dia do ciclo, inicia-se o estímulo ovariano que irá durar de 08 a 10 dias, em média. Quando os folículos estiverem com o diâmetro médio de 18 a 20mm, realiza-se a punção ovariana por via transvaginal. No protocolo curto, o bloqueio ovariano se inicia após o estímulo quando os folículos estiverem com aproximadamente 14mm de diâmetro. Existem indicações clínicas precisas para o uso de cada protocolo, sendo individualizado o tratamento de cada paciente.
Inseminação intra-uterina (IIU)
Consiste no estímulo ovariano da mulher com medicação subcutânea ou oral por aproximadamente 8 a 10 dias. Quando os folículos ovarianos apresentam um diâmetro médio de 20mm, é administrada medicação subcutânea para que ocorra a ovulação. Por volta de 36hs, realiza-se a injeção do sêmen preparado em laboratório de andrologia dentro do útero, através da utilização de um cateter específico para o procedimento, que é indolor e não requer anestesia.
É importante ressaltar que esse procedimento só está indicado para aqueles casais cujas mulheres apresentam comprovadamente trompas pérvias ao exame de histerossalpingografia e homens com sêmens com quantidade e motilidade específicas de espermatozóides.
Reserva ovariana e congelamento de óvulos
Sabe-se que a fertilidade feminina começa a diminuir a partir dos 30 anos de idade, tem essa queda acelerada aos 35 anos e apresenta um declínio drástico por volta dos 41 anos. Quanto maior a idade da mulher quando ela decide tentar a gravidez, maior também o tempo que levará para conseguir engravidar. Nos dias atuais, caso a mulher deseje postergar a gestação, existe a opção viável de congelamento de oócitos. A técnica atual de congelamento é extremamente eficaz e de custo reduzido. O tratamento é semelhante ao de fertilização in vitro, sendo que a paciente é estimulada com gonadotrofinas exógenas e, após a presença de folículos por volta de 20 mm, ocorre a aspiração dos oócitos por via transvaginal. Esses serão armazenados e podem ser descongelados assim que a paciente desejar.