A infertilidade conjugal se caracteriza por um ano de tentativas de gravidez mal sucedidas e atinge cerca de 15% dos casais em idade reprodutiva, segundo dados da OMS. Quanto mais cedo o problema for detectado, mais chances o casal tem de obter exito em um tratamento de reprodução assistida.
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Ginecologista obstetra especialista em reprodução humana, a Dra. Juliana Miorin explica que a reserva ovariana é inversamente proporcional à idade da mulher, fator que influi diretamente nos tratamentos de reprodução assistida. “As mulheres já nascem com os óvulos que irão utilizar durante toda a vida. Sem produção ou renovação do estoque, a quantidade dos óvulos diminui com o passar dos anos e, da mesma forma, a qualidade deles também se modifica. A partir dos 35 anos essas mudanças terão um impacto importante na chance de gravidez mensal do casal. Assim, a taxa de gravidez vai diminuindo fazendo com que a chance de gravidez aos 37 anos esteja em aproximadamente 15% ao mês, e aos 40 anos, em aproximadamente 10% ao mês” esclarece.
Em aproximadamente 30% dos casos, o fator de infertilidade está na mulher, 30% no homem, 30% em ambos e em 10% a origem não é conhecida. Exames hormonais são solicitados para a mulher, a fim de detectar alterações que possam dificultar a ovulação. Para o homem, o exame básico é o espermograma, que avalia o sêmen, analisando a quantidade e qualidade dos espermatozoides.
Baseado nas causas de infertilidade do casal, o tratamento em reprodução assistida pode ser de baixa ou alta complexidade.
Baixa complexidade
Coito programado: baseado no uso de medicamento para auxiliar a produção de óvulos, com a relação sexual realizada de acordo com o período fértil da paciente.
Insemina çã o intrauterina (ou artificial): também são utilizados indutores da ovulação para auxiliar a produção de óvulos. A inseminação é feita por uma coleta de amostra seminal. Os espermatozoides coletados são injetados no útero da paciente durante o período fértil, para maximizar a chance de fertilização. Este procedimento pode ser realizado no consultório do ginecologista.
Alta complexidade
Fertilização in vitro (FIV): realiza-se uma estimulação ovariana controlada com gonadotrofinas, fazendo com que o corpo produza mais óvulos do que em um ciclo normal. Esses óvulos são aspirados fertilizados em laboratório.
Inje çã o Intracitoplasm á tica de Espermatozoide (ICSI): indicada para infertilidade masculina. O procedimento introduz um único espermatozoide no óvulo. Os embriões formados têm o seu desenvolvimento acompanhado e são transferidos para o útero da mulher de três a cinco dias depois.
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