– Fertilização in vitro (FIV): Pode ser utilizada para tratar tanto problemas da mulher quanto do homem. Para as mulheres, é uma alternativa para obstrução ou comprometimento das trompas (inclusive causados pela laqueadura), endometriose ou esterilidade sem causa aparente.
A FIV permite que o óvulo seja fecundado pelo espermatozóide fora do corpo da mulher, para depois ser transferido para o organismo materno. “O tratamento é feito através da utilização de hormônios, que induzem a mulher a ter de oito a doze ovulações em um mês. Estes óvulos são retirados por coleta transvaginal e, posteriormente, fecundados em laboratório. A fecundação ocorre em “piscininhas” contendo de 200 mil a 500 mil espermatozóides do marido, colhidos por masturbação”, explica Dr. Nilo Frantz.
Existem casos mais complexos de FIV, nos quais apenas um espermatozóide é injetado por óvulo. “Dois ou três embriões são transferidos para o corpo da mãe. Daí as chances de nascerem gêmeos, ou até trigêmeos. É por isso que nunca transferimos mais do que isso. Trabalhar com quatro embriões é um pecado, pois existe a chance de todos se desenvolverem”, alerta Dr. Nilo.
– Maturação in vitro: Esta novíssima técnica poupa a mulher das injeções hormonais que a FIV exige. “Ao invés dos óvulos serem amadurecidos dentro dos ovários, eles são retirados no estágio inicial e amadurecidos em laboratório. Isso dispensa o uso de remédios muito caros, diminuindo em R$ 4 mil ou R$ 5 mil o custo do tratamento. Além disso, evita que as mulheres passem pelo desconforto dos hormônios”, avisa Dr. Nilo.
– Inseminação artificial: Muito utilizada nos casos em que o muco cervical não favorece a passagem dos espermatozóides. A técnica inclui a estimulação de óvulos, e o sêmen é injetado próximo às trompas. “A inseminação artificial é indicada em casos de defeitos endocervicais, muco cervical hostil e outras particularidades que impossibilitem a fertilização natural. O índice de sucesso varia de 10 a 25%”, explica Dr. Raul Nakano, da Ferticlin.
– Vacinas: Utilizadas para os casos em que o óvulo, depois de fecundado, tem dificuldades para se fixar ao útero. “Geralmente acontece com mulheres que têm um fator imunológico contra o embrião. Na maioria das vezes, o corpo da mãe reconhece o bebê que está se desenvolvendo, mas, em alguns casos, ela pode rejeitar este corpo estranho. Isto acontece porque todo embrião tem uma constituição genética que é metade da mãe e metade do pai. Essas mulheres podem sofrer inúmeros abortos espontâneos”, explica Dr. Nilo Frantz. O tratamento é feito com vacinas, desenvolvidas através de linfócitos do pai, para estimular a compatibilidade genética.
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