juliana didone

Juliana Didone relembra violência obstétrica que sofreu no parto da filha: “Entrei em pânico”

A atriz Juliana Didone contou que o parto da filha, Liz, foi repleto de violência obstétrica – e que demorou anos para superar o trauma

Recentemente, Juliana Didone dividiu um pouco da violência obstétrica que viveu no parto da única filha, Liz, em 2018.

Fruto da relação com o artista plástico Flávio Rossi, a garotinha veio ao mundo por meio de uma cesárea – no entanto, isso só aconteceu depois de a atriz viver uma verdadeira “provação” de 36 horas, conforme contou à Revista Veja.

Juliana Didone relata violência obstétrica durante parto da 1ª filha

juliana didone
(Créditos: Reprodução/Instagram @julianadidone)

Juliana Didone relatou que, durante a gravidez, pesquisou por muitas formas de parto, até que se interessou mais pelo parto natural e humanizado. Ela realizou um curso preparatório e até chegou a contratar uma doula, médica e enfermeira para o momento. Contudo, nada seria como ela tanto planejou.

“Era madrugada quando comecei a sentir contrações e entrei em trabalho de parto. A doula só chegou pela manhã, e a enfermeira, ao verificar minha baixa dilatação, simplesmente foi embora. E a médica não aparecia. Na manhã seguinte, liguei para minha ginecologista pedindo para ir ao hospital, pois decidira pela cesárea. Aplicaram anestesia local para amenizar a dor, que durou do meio-dia às 21h”, começou ela.

Mesmo com 7 centímetros de dilatação, a bolsa de Juliana não rompia. A equipe apenas pedia para que ela ficasse calma, não levando em consideração que ela estava solicitando uma cesárea.

Extrator obstétrico foi usado para “adiantar” o parto

juliana didone e filha
(Créditos: Reprodução/Instagram @julianadidone)

No entanto, a situação de violência obstétrica piorou na segunda madrugada do parto que deveria ser humanizado: uma das médicas decidiu usar um “kiwi”, que é um extrator obstétrico a vácuo, usado para “puxar” o bebê pela vagina apenas em casos de emergência.

“Puseram um funk para “animar” o ambiente e, para retirar minha filha, ela aplicou uma força descomunal no instrumento, com os pés apoiados entre duas camas e mais duas pessoas auxiliando”, disse a atriz, que continuou pedindo por uma cesárea. “‘Você vai desistir?'”, respondeu uma delas, enquanto o instrumento saía com um pedaço de cabelo e sangue de Liz.

“Entrei em pânico. Nesse momento, retiraram Flávio (meu companheiro na época) da sala. Na manhã seguinte, consegui atender minha mãe. Ela foi enfática: ‘Você vai para a cesárea agora'”, pontuou Juliana, relembrando que o apoio da mãe foi essencial no doloroso momento, que durou quase dois dias.

“Suas palavras me ajudaram a sair daquela confusão mental e exigir a cesárea. Liz nasceu em 22 de abril de 2018 e ficou menos de um minuto comigo. Apenas quando retornou, viva e adormecida, consegui descansar um pouco daquela provação de 36 horas”, contou.

Bebê também se machucou durante o traumático episódio

juliana didone e filha
(Créditos: Reprodução/Instagram @julianadidone)

Segundo Juliana, Liz estava com ferimentos na cabeça. “Eu me sentia culpada, temendo possíveis sequelas causadas por esse ‘parto humanizado forçado’. Nos primeiros 10 dias, levei a bebê a quatro pediatras diferentes. Precisava ouvir daqueles profissionais que ela não teria sequela”, disse, afirmando, ainda, que o trauma gerou um longo de períogo de negação à ela.

“Mas consegui superar com o apoio da minha família e com terapia. Não utilizei medicamentos; minha cura veio através da fala”, concluiu a atriz.

Maternidade