Manual do Acompanhante de Parto

Ana Flora Toledo

Do Bolsa de Bebê

Vai chegando a grande hora e a apreensão pelo nascimento do bebê só aumenta. Por isso é muito importante decidir quem vai estar ao lado da mamãe nesse momento tão importante para ela e a criança. A presença do acompanhante de parto é um direito da mulher e traz conforto quando ela pode se sentir frágil e insegura.

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Mas com tantas pessoas próximas e queridas, como decidir o grande escolhido para presenciar o momento? Segundo a ginecologista e obstetra Dra. Camila Barião, não há muita regra, mas a preferência deve ser o pai do bebê. Isso pode aumentar o vínculo afetivo do casal. “O marido é a pessoa mais indicada, pois é o pai da criança e divide com a mãe a mesma alegria e emoção”.

Porém, em alguns casos, o acompanhante pode ser outra pessoa, como a mãe, irmã, familiar ou amiga próxima. “O mais importante é que a mulher se sinta bem ao lado desta pessoa”, diz a especialista.

Quem ficar com a responsabilidade deve ter alguns cuidados durante o nascimento, seja pelo método natural ou pela cesárea.  Usando roupas especiais, máscara, touca e proteção nos pés, o acompanhante deve evitar tocar em qualquer coisa dentro da sala de parto, caso contrário, poderá contaminar materiais estéreis e aumentar o risco de infecção.

Deve-se consultar a equipe médica sobre equipamentos eletrônicos para filmar e fotografar o nascimento do bebê. Em geral, eles são liberados, mas a pessoa nunca deve exagerar, tentando pegar diferentes ângulos. “Ele deve apenas ficar ao lado da mulher e apoiá-la neste momento, e nunca tentar interferir na conduta obstétrica”, indica a Dra. Camila.

Também é direito da mamãe que o acompanhante fique ao lado dela no pós-parto. De acordo com a obstetra, apenas em casos de partos em situações de emergência, com riscos para a mãe e a criança, é preciso evitar a presença do acompanhante, porque ele poderia atrapalhar a equipe obstétrica e pediátrica.