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Adepta de diversas práticas naturais de alimentação, Mayra Cardi revelou nas redes sociais que incorporou um complemento inusitado em sua dieta após o nascimento da filha, Sophia.
Em vídeos publicados no recurso dos Stories do Instagram, a coach contou para seus seguidores que decidiu fazer cápsulas comestíveis de sua placenta logo após dar à luz, no dia 15 de outubro, e que passou a consumi-las frequentemente em seu dia a dia.
A prática, que ainda divide a opinião de especialistas, já foi adotada por outras mamães famosas, como Kim Kardashian, Bela Gil e a atriz Fernanda Machado. Mas afinal, comer placenta faz bem à saúde?
Comer placenta após o parto

Antes de mais nada, é preciso entender que a placenta é um órgão formado na gestação para nutrir e fornecer oxigênio ao bebê. Exatamente por conta de sua função, ela é muito rica em diversos nutrientes e hormônios, como a ocitocina, vitaminas, ferro e outros sais minerais.
De olho nessa concentração de substâncias, muitas mamães acreditam que ingeri-la após o parto traz uma série de benefícios para sua própria saúde. E a prática ganhou o aval de diversos profissionais da área da saúde que desenvolveram um processo de encapsulamento de placenta para quem quer consumi-la de forma segura.
A transformação da placenta em cápsulas geralmente é feita após o cozimento e ressecamento do órgão, ação que retira qualquer cheiro ou gosto desagradável. No entanto, algumas mamães preferem ingeri-la in natura, crua ou cozida, junto com outros alimentos.
Benefícios da placenta em cápsula
Os defensores do consumo de placenta após o parto acreditam que o ferro e os hormônios presentes em sua composição são capazes de acelerar a involução uterina (diminuição do tamanho do útero), além de amenizar cólicas, auxiliar na produção de leite e diminuir as chances de a mulher desenvolver depressão pós-parto.
Por outro lado, o ginecologista e obstetra Rodrigo da Rosa Filho, da clínica Mater Prime, de São Paulo, afirma que ainda não existem estudos que comprovem os benefícios da prática. Mas ele explica que o ferro presente no órgão pode, de fato, ser absorvido pelo organismo da mãe.
De acordo com o médico, o mesmo não se pode afirmar sobre os hormônios, já que não é possível saber se eles podem ser aproveitados ou se são digeridos antes de ter a ação esperada. Independente disso, ele diz que não há contraindicação e que o desejo da mulher deve ser respeitado.
Como são feitas as cápsulas de placenta?
Para que a placenta seja comestível sem oferecer qualquer risco à saúde, ela deve ser refrigerada logo após a expulsão. O tempo máximo de conservação até o processamento do órgão é de 48 horas, intervalo suficiente para a mãe se recupere do parto e tenha alta hospitalar.
Após esse período, profissionais qualificados vaporizam e desidratam adequadamente a placenta, em um processo que demora entre 10 e 12 horas. Em seguida, ela é triturada e encapsulada para o consumo diário da mulher.
Uma vez prontas, as cápsulas devem ser mantidas preferencialmente no congelador, assim como mostrou Mayra Cardi. Isso porque elas são livres de conservantes artificiais e podem se deteriorar em ambientes inadequados. Se você quiser aderir à prática, lembre-se de falar antes com seu médico.
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