Mariana Bueno
Do Bolsa de Bebê
Atitudes agressivas, como morder, por exemplo, são comportamentos infantis que podem ser considerados normais, dentro de uma determinada faixa etária. Mas quando saber se o seu filho ultrapassou os limites? “Quando passa a ser irracional, com o objetivo de afetar o outro, então é patológica e deve ser cuidada”, explica Maria Edna Scorcia, diretora pedagógica do Colégio Joana D’Arc, em São Paulo. “A partir dos sete anos a criança tem o conhecimento do que é machucar o outro. Antes disso é algo por atenção ou birra, mas normal. A partir do momento que fica maliciosa e passa a maquinar em como humilhar, ofender ou agredir o outro, já é uma patologia”.
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As principais causas da agressividade infantil são a falta de limites, intolerância excessiva, o quando os pais remediam essa agressividade. “Há crianças que agem de diferentes maneiras quando se encontram em diferentes ambientes, e os pais têm de buscar o porquê disso, por meio da comunicação. Há também crianças mais difíceis, que carregam algum problema, então é orientado que os pais sejam mais receptivos e busquem saber o motivo das ações das crianças, questionando o porquê delas. A primeira providência é sentar com a criança e conversar, saber ouvi-la”, diz.
Ela explica que é necessário que os pais estabeleçam limites, deixando claro o que os filhos podem ou não podem fazer, até onde podem se manifestar. É preciso haver também a comunicação e sempre deixar claro que bater no outro é uma coisa que jamais se deve fazer. “Podemos sentir raiva, ciúme, os sentimentos são aceitáveis e até naturais, mas a agressão física, não. Essa não pode acontecer em hipótese nenhuma e isso tem de ficar claro para as crianças”, afirma.
Já quando as brigas saem do ambiente familiar e passam a acontecem em outros lugares, como na escola, por exemplo, os pais devem conversar com a escola, pois a própria tentará colocar alguns limites, sem castigar. “As regras devem estar claras. Trabalhar com o respeito ao outro, quando acontece alguma agressão verbal ou física e levar a criança a compreender que há pessoas na vida que ela provavelmente não irá gostar, mas que deve apreender a respeitá-la sempre”, finaliza.