Meu filho é agressivo. E agora?

por | jun 30, 2016 | Gravidez e bebês

Mariana Bueno

Do Bolsa de Bebê

Atitudes agressivas, como morder, por exemplo, são comportamentos infantis que podem ser considerados normais, dentro de uma determinada faixa etária. Mas quando saber se o seu filho ultrapassou os limites? “Quando passa a ser irracional, com o objetivo de afetar o outro, então é patológica e deve ser cuidada”, explica Maria Edna Scorcia, diretora pedagógica do Colégio Joana D’Arc, em São Paulo. “A partir dos sete anos a criança tem o conhecimento do que é machucar o outro. Antes disso é algo por atenção ou birra, mas normal. A partir do momento que fica maliciosa e passa a maquinar em como humilhar, ofender ou agredir o outro, já é uma patologia”.

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As principais causas da agressividade infantil são a falta de limites, intolerância excessiva, o quando os pais remediam essa agressividade. “Há crianças que agem de diferentes maneiras quando se encontram em diferentes ambientes, e os pais têm de buscar o porquê disso, por meio da comunicação. Há também crianças mais difíceis, que carregam algum problema, então é orientado que os pais sejam mais receptivos e busquem saber o motivo das ações das crianças, questionando o porquê delas. A primeira providência é sentar com a criança e conversar, saber ouvi-la”, diz.

Ela explica que é necessário que os pais estabeleçam limites, deixando claro o que os filhos podem ou não podem fazer, até onde podem se manifestar. É preciso haver também a comunicação e sempre deixar claro que bater no outro é uma coisa que jamais se deve fazer. “Podemos sentir raiva, ciúme, os sentimentos são aceitáveis e até naturais, mas a agressão física, não. Essa não pode acontecer em hipótese nenhuma e isso tem de ficar claro para as crianças”, afirma.

Já quando as brigas saem do ambiente familiar e passam a acontecem em outros lugares, como na escola, por exemplo, os pais devem conversar com a escola, pois a própria tentará colocar alguns limites, sem castigar. “As regras devem estar claras. Trabalhar com o respeito ao outro, quando acontece alguma agressão verbal ou física e levar a criança a compreender que há pessoas na vida que ela provavelmente não irá gostar, mas que deve apreender a respeitá-la sempre”, finaliza.