Motivo lindo faria cérebro da mulher diminuir na gravidez: saiba o que diz a pesquisa

por | dez 27, 2016 | Gravidez e bebês

Durante a gravidez, é sabido que o corpo da mulher passa por uma série de transformações. Algumas evidentes, como o crescimento da barriga, outras mais sutis, como o relaxamento das articulações. Uma pesquisa da Universidade Autônoma de Barcelona em parceria com a Universidade de Leiden, na Holanda, mostrou que até o cérebro passa por essas adaptações – e o motivo é lindo.

Mudança no cérebro da mãe

Os estudos indicam que o corpo feminino, na gestação, ao começar a se preparar para cuidar de um bebê, reduz algumas regiões da massa cinzenta do cérebro, parte responsável pelo processamento das informações e raciocínio, especialmente aquelas ligadas às interações sociais e que são usadas para destinar sentimentos a outra pessoa.

Mas, isto não significa que a alteração gera uma incapacidade ou afete a memória. Pelo contrário, ela é uma adaptação para que a mulher consiga lidar com o bebezinho e as exigências da maternidade.

De acordo com os condutores da pesquisa, é uma mudança parecida com aquela que acontece durante a adolescência, outra fase do desenvolvimento humano que envolve uma série de alterações hormonais. Nas mulheres, o possível responsável é o estrogênio, hormônio sexual que aumenta drasticamente na gravidez.

O que realmente acontece?

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Para os pesquisadores, na prática, a mudança permite que as mulheres reconheçam com mais facilidade as necessidades de seus filhos, tenham maior consciência das ameaças do ambiente externo e criem mais ligação com o bebê.

“As descobertas indicam que as reduções de volume observadas na gravidez representam um processo de especialização ou maturação. De alguma forma, é uma adaptação para a maternidade”, explica Elsenine Hoekzema, autora do estudo e pesquisadora pós-doutora do Instituto de Psicologia da Universidade de Leiden, da Holanda.

Quanto tempo dura?

Os estudos ainda indicam que as alterações não são permanentes e, no geral, o cérebro volta ao seu tamanho anterior em até dois anos após o nascimento do bebê, idade em que ele já é bem mais independente de sua mãe.

Como o estudo foi feito

Para chegar aos resultados, os responsáveis analisaram exames cerebrais de mulheres antes de engravidar, logo após o parto e anos depois, além de compará-los com aqueles de pais de primeira viagem, homens sem filhos e mulheres que nunca deram à luz.

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