Um recente balanço da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo revelou que os casos de gravidez na adolescência estão em queda. De acordo com o órgão, o número de meninas com menos de 20 anos que tiveram filhos caiu 46% em 18 anos e atingiu, em 2016, seu menor nível.
Gravidez na adolescência em queda
Os dados divulgados mostram que, no ano passado, 13,2% de todos os partos realizados no Estado corresponderam a mães adolescentes, número que equivale a 79.048 nascimentos. Em 1998, o índice foi de 20%, com 148.018 mães nessa faixa etária – o ano é usado como base pela Secretaria da Saúde por conta da criação do programa Casa do Adolescente, que presta atendimento integral às meninas.
Segundo o levantamento, na grande maioria dos casos, as jovens tornaram-se mães com idade entre 15 e 19 anos.
Em 2016, esse grupo abrangeu 76.371 gestantes, o equivalente a 12,7% do total de partos em SP – em comparação a 1998, a redução do índice de gravidez nessa faixa etária chegou a 34,8%. Embora a queda do número de adolescentes grávidas seja gradativa em todo o Estado, o número ainda é alto e preocupante.
Importância da conscientização
A diminuição dos casos de adolescentes grávidas apontada pelo levantamento da Secretaria parece estar associada às políticas públicas de conscientização e prevenção, junto com a qualificação de equipes nos serviços de saúde. Quem aponta é a coordenadora do Programa Saúde do Adolescente da Secretaria, Albertina Duarte Takiuti.
“É necessário estarmos atentos não apenas à prevenção, mas também aos aspectos emocionais e psicoafetivos deste grupo de adolescentes, que passa por uma fase repleta de novos conhecimentos e dúvidas. Por esse motivo, garantimos cada vez mais a capacitação e o atendimento multiprofissional, para contribuir não apenas na redução destes índices, mas também na prevenção e tratamento de doenças”, disse a médica por meio de comunicado à imprensa.
Prevenção da gravidez
De acordo com ela, a distribuição gratuita de preservativos e contraceptivos em todo o Estado também foi fundamental para a redução dos casos. Atualmente, é distribuída uma média de 58 milhões de camisinhas masculinas e 2,7 milhões de preservativos femininos por ano em SP – somente no primeiro semestre de 2017 foram distribuídas mais de 28 milhões de camisinhas masculinas e 1,3 milhões de femininas.
Vale ressaltar que o Estado tem a obrigação de educar e orientar sexualmente seus cidadãos, não apenas em questões de planejamento familiar, mas também sobre a prevenção de gravidez e doenças. Ainda hoje, grande parte da população não faz o uso correto de métodos contraceptivos por falta de informação ou acesso.
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