perda gestacional tardia

O que pode causar uma perda gestacional tardia em uma gravidez saudável? Entenda

Hábitos, doenças e mais fatores podem ocasionar uma perda gestacional tardia, como as sofridas por Tati Machado e Micheli Machado recentemente

Segundo os dados mais recentes do Ministério da Saúde, cerca de 15 a cada 1 mil bebês morrem entre o final da gestação (a partir da 22ª semana) até o 7º dia de vida. Apesar da constante queda dessa taxa globalmente, os números seguem altos – e, recentemente, duas famosas passaram pela perda gestacional tardia, despertando curiosidade sobre o tema.

Afinal, o que pode causar a morte de um bebê já no final de uma gestação vista como saudável, como aconteceu com a apresentadora Tati Machado e a atriz Micheli Machado, esposa do ator Robson Nunes? Entenda abaixo os fatores mais comuns relacionados a esse cenário:

Perda gestacional tardia: o que pode levar ao quadro?

perda gestacional tardia
Tati Machado e Micheli Machado (Crédito: Reprodução/Instagram @tati e @michelimachado)

Tati Machado e Micheli Machado estavam ambas na reta final das respectivas gestações quando foram surpreendidas por algo trágico. Ao buscar atendimento por ausência de movimentos nos bebês, elas receberam a notícia de que os dois haviam morrido no útero. No caso de Tati, a morte do bebê ocorreu no 7º mês da gravidez, enquanto Micheli perdeu o dela no 9º mês.

Mas, afinal, o que pode causar esse tipo de perda gestacional? Os fatores são muitos e, às vezes, nem sequer é possível identificar algum deles. Em certos casos, a causa do óbito do bebê não é definida, e a condição se mantém um triste mistério. Em outros, porém, é possível citar:

Problemas placentários causam perda gestacional

(Crédito: Freepik)

A placenta é um órgão criado durante a gestação e voltado única e exclusivamente para entregar nutrientes e oxigênio ao feto. Quando existe algum problema com esse órgão, é possível que o bebê também tenha problemas – o que pode ocasionar um óbito em diversos momentos da gestação, inclusive no final.

Entre esses problemas, é possível citar, por exemplo, a insuficiência placentária (quando o bebê não recebe oxigênio e nutrientes suficientes, algo que gera restrição de crescimento), e o descolamento prematuro de placenta (separação entre a placenta e o útero, interrompendo o suprimento de oxigênio do feto).

Anomalias no cordão umbilical arriscam o feto

(Crédito: Pexels)

O cordão umbilical liga o feto à placenta, e é por meio dele que o bebê obtém nutrientes. Quando esse cordão acidentalmente se enrola de forma excessiva em torno do pescoço da criança, o fluxo sanguíneo pode ser interrompido, levando ao óbito fetal. Esse problema ocorre especialmente em fases mais avançadas da gravidez.

Anomalias congênitas e genéticas podem causar perda gestacional

(Crédito: Freepik)

Algumas anomalias cromossômicas, como a síndrome de Down, aumentam as chances de um bebê morrer ainda durante a gestação. Isso, no entanto, costuma ser diagnosticado ao longo da gravidez.

Condições maternas

(Crédito: freepik/freepik)

A morte do bebê ainda no útero também pode ter relação com condições que afetam a mãe. É o caso, por exemplo, de infecções bacterianas (como sífilis e malária) que podem atravessar a placenta e afetar o feto. Além disso, doenças crônicas como diabetes e hipertensão também aumentam o risco de óbito fetal.

Outra causa comum para perda gestacional tardia é a pré-eclâmpsia, condição que afetou precocemente a cantora Lexa na primeira gravidez dela. Essa complicação é caracterizada pela elevação da pressão arterial, causando danos a outros órgãos do corpo e favorecendo não só riscos ao bebê, mas à mãe.

Fatores gestacionais

perda gestacional tardia
(Crédito: wavebreakmedia_micro/Freepik)

Uma gestação tem o tempo esperado de 39 a 40 semanas. Quando o bebê nasce antes disso, ele é considerado precoce – enquanto o nascimento com mais de 40 semanas é considerado tardio. Uma gestação que dura mais de 42 semanas, inclusive, pode aumentar o risco de haver morte fetal.

Idade materna avançada

(Crédito: freepik/freepik)

Ainda que muitas mulheres tenham gestações tranquilas e saudáveis com mais de 35 anos, grávidas com idade superior a essa são consideradas gestantes geriátricas. Isso porque os óvulos que as mulheres liberam ao longo da vida já nascem com elas – e, quanto mais tardia for a gestação, maiores são os riscos da idade dos óvulos influenciar na saúde do bebê.

Sendo assim, mulheres com mais de 35 anos têm mais risco de enfrentar complicações na gravidez, algo que inclui a morte fetal e a perda gestacional tardia.

Certos hábitos podem ocasionar perda gestacional tardia

vinho
(Créditos: Freepik)

O estilo de vida da mãe também pode gerar riscos ao bebê. O tabagismo, o consumo de álcool e o uso de drogas ilícitas durante a gravidez, por exemplo, aumentam as chances de haver uma perda gestacional.

Gravidez e bebês