Beatriz Helena
Do Bolsa de Bebê
Os benefícios do pilates já são conhecidos para a reabilitação postural, para o alongamento muscular e na busca pelo condicionamento físico. Porém, o exercício também pode ser aliado das mulheres grávidas. O pilates para gestantes, além de fortalecer a musculatura do assoalho pélvico e alongar todo o corpo, ainda pode ajudar na hora do parto.
Veja também:
Pilates melhora sexo e ajuda a chegar ao orgasmo
Dor nas costas depois do parto: ela é normal?
Acupuntura alivia dores no trabalho de parto
“O pilates de forma geral trabalha a reabilitação postural e o equilíbrio, alonga toda a cadeia muscular e também aumenta a força e a resistência muscular. Nas gestantes, além dos benefícios normais, há também o enfoque em exercícios para o períneo e para a conscientização corporal”, explica Antonio Claudio Fretz, fisioterapeuta do Maha Studio do Corpo, São Paulo.
Pilates para grávidas

Segundo o especialista, os exercícios para as gestantes não diferem muito das séries convencionais, porém, há um direcionamento para aqueles que trabalharam todo o assoalho pélvico, região importante para o suporte do peso da gestação e para o parto, e para regiões que precisam ser fortalecidas, como quadris e costas.
Para aproveitar os benefícios das aulas, a gestante deve esperar o primeiro trimestre da gravidez e depois procurar a orientação de um especialista. “Nos três primeiros meses há contraindicação absoluta, mas depois, com a liberação do médico, a mulher pode começar a fazer as aulas que vão mais ou menos até o oitavo mês”, explica o fisioterapeuta. Segundo Antonio, o que define a interrupção das aulas é o tamanho e peso da barriga, já que nas últimas semanas fica mais difícil achar posições confortáveis para executar os exercícios.
O pilates pode ser feito duas ou três vezes por semana com intervalos. A bola suíça e o quadro de molas são os aparelhos mais usados nas aulas. Eles são responsáveis por trabalhar a resistência das costas, a estabilidade e o alinhamento do quadril e o fortalecimento das costas e dos braços.
Restrições
Segundo Fretz, determinados exercícios não são indicados para as grávidas. “A gente não faz o abdominal e nem a elevação do quadril. A partir do sétimo mês a mãe também não fica mais confortável de barriga para cima, então os exercícios são feitos preferencialmente em pé ou sentada”, explica o professor.
Dor do parto
Mas os benefícios do exercício para grávidas vão além. Segundo o fisioterapeuta, além do fortalecimento do assoalho pélvico ajudar na hora do bebê sair, as técnicas de respiração também são utilizadas durante as contrações. “O trabalho respiratório de inspirar e soltar lenta e profundamente acalma a mãe e alivia as dores da contração”, finaliza.