A atriz Luana Piovani enfrentou recentemente uma situação com um dos filhos gêmeos que pode preocupar algumas famílias. Ao vacinar Bem e Liz, a mãe percebeu que o menino, depois de algumas horas, apresentou reações.
Como conta, ele tomou a vacina contra meningite B pela manhã, chorou pela dor da picada e, ao acordar da soneca após o almoço, estava com a pressão baixa. “Quaaaase morri em ver meu bebê sem cor e mole. Não sabia dessa reação. Pediatra disse que pode ser sim. Aff tô aqui sem paz agora de olho no Bem o tempo todo”, escreveu aos seus seguidores no Instagram.
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A vacina meningocócica B não está no calendário de vacinação nacional do SUS (Sistema Único de Saúde) e, portanto, não é fornecida pela rede pública de saúde. Ela, no entanto, chegou ao Brasil recentemente e pode ser aplicada em clínicas particulares.
Na bula da vacina, os efeitos colaterais mais comuns são reações locais (dor, vermelhidão, inchaço e calor no local da aplicação) e febre, principalmente nas primeiras seis horas após a vacinação. Febre alta e convulsões, embora incomuns, também podem aparecer como consequência, segundo o laboratório.
De acordo com a pediatra Dra. Isabella Ballalai, presidente da Sociedade Brasileira de Imunização, todos os estudos feitos em cima da vacina até agora mostram que ela é segura e capaz de reduzir os casos de meningite.
Por que vacinar contra a meningite B?
Sua importância se dá porque a meningite B é a responsável por 60% dos casos de meningite no Brasil e a letalidade da doença é alta, chegando a 23% nas crianças. O diagnóstico difícil e a rápida evolução do quadro são os fatores que dificultam o tratamento eficiente.
De acordo com a alergista e imunologista Fátima Rodrigues Fernandes, da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, embora as instituições médicas recomendem que a vacina seja aplicada, o ideal é seguir a recomendação individual dada por um médico.
O Ministério da Saúde considera que a meningite é uma doença endêmica, ou seja, que tem um alto número de casos por ano.
Por enquanto, até que a entidade não conclua os estudos de farmacoeconomia, que avaliam os custos financeiros e impacto na saúde pública, a única maneira de obtê-la é através da rede particular. O preço é salgado. Cada dose custa, em média, R$ 500,00 e bebês necessitam de duas ou três aplicações, variando de acordo com o período de início.
Meningite
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