Postura curvada pode ser sinal de escoliose

por | jun 30, 2016 | Gravidez e bebês

Melina Cabral

Do Bolsa de Bebê

Queixas frequentes de dores nas costas, postura incorreta e incômodo para encontrar uma posição adequada para dormir pode ser sinal de escoliose. O problema pode ser ocasionado por fatores hereditários, por má formação durante o período fetal ou até mesmo por fraqueza muscular. Nos adolescentes, a escoliose idiopática (essa sem causa conhecida) é a forma mais comum. Por isso, é muito importante os pais ficarem atentos as reclamações de dores dos filhos.

De acordo com o Dr. Fabiano Prata, especialista em ortopedia pediátrica do Hospital e Maternidade São Luiz, a escoliose acomete, em sua maioria, crianças a partir da faixa etária de 9 ou 10 anos, independente do sexo.

A doença é caracterizada por um desvio em um dos lados da coluna formando um “S”. “Essa posição que a doença faz com a coluna pode chegar a causar muita dor e até insuficiência respiratória”, alerta Fabiano Prata.

A escoliose pode ser diagnosticada a partir de um exame clínico que avalia a diferença da altura dos ombros e a assimetria do tórax. E também é possível suspeitar da doença pedindo para a criança se inclinar para frente e olhar por detrás dela:

– Veja se um lado da coluna está maior que o outro

– Veja se um ombro está maior que o outro (ou mais inclinado)

– Veja se a bacia ou a zona lombar está mais elevada que a outra

Outros sinais também podem alertar para a suspeita da doença:

– Quando a criança estiver em pé, repare se um ombro está mais alto que o outro

– Quando uma perna estiver (ou parecer) maior que a outra

– Se a sola de um dos lados do calçado (direito ou esquerdo) estiver mais desgastada que a outra

“Não existem métodos para prevenir, mas, quando diagnosticada, a doença pode ser controlada por tratamentos que variam conforme o grau da escoliose”, afirma o ortopedista.

Segundo ele, para graus mais leves da doença recomendam-se exercícios e fisioterapia e, em graus moderados o uso de colete. “Já em situações mais graves, o tratamento é cirúrgico. O acompanhamento pediátrico é importantíssimo. Com a certeza da doença é preciso iniciar imediatamente o tratamento e evitar que a coluna da criança sofra prejuízos mais sérios”, finaliza.