A infertilidade conjugal se caracteriza por um ano de tentativas mal sucedidas de engravidar. Após esse período, o casal deve procurar auxílio médico para investigar as possíveis causas. Do lado feminino, endometriose e síndrome dos ovários policísticos são algumas das causas da infertilidade, mas, de acordo com a Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia (ESHRE), o fator psicológico está associado de 20% a 35% dos casos.
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A dificuldade para engravidar pode ser tão estressante que algumas mulheres desenvolvem quadro de depressão e ansiedade, além de afetar diretamente a autoestima. Os casais que desejam se submeter a um tratamento de fertilidade devem procurar a ajuda de profissionais da área e de psicólogos para que todas as dúvidas sejam esclarecidas e assim exista uma efetiva preparação para os procedimentos que estão por vir.
Suporte psicológico
De acordo com o especialista em Reprodução Humana e diretor do Grupo Fertility, Assumpto Iaconelli Junior, as clínicas de referência já oferecem suporte emocional para atenuar as crises de ansiedade e estresse que acompanham esse processo. “É preciso esclarecer desde o início sobre a etapa difícil que o casal vai atravessar e garantir que eles recebam apoio psicológico durante todo o procedimento. Dessa forma, ambos poderão encarar cada uma das fases com mais calma”, afirma.
Durante todo o tratamento, amparar a mulher emocionalmente deve ser o foco das atenções, pois, mesmo quando a origem do problema é masculina, a maior parte dos procedimentos é realizada no corpo feminino. “Limitando ao máximo o desgaste emocional da paciente, conseguimos cumprir cada etapa com sucesso e chegar ao tão esperado resultado da gravidez. É preciso que as mulheres se familiarizem com essa realidade. O estresse não deve jamais comprometer o desejo da maternidade”, conclui o especialista.
Relacionamento em risco
A ausência de suporte psicológico pode atrapalhar o sucesso do tratamento e desestabilizar o relacionamento. “Durante todo o tratamento, o casal deve ser acompanhado e reavaliado sob o aspecto emocional. Conversando com eles sobre seus sentimentos e checando a qualidade do sono e as mudanças em atividades de lazer, temos um bom parâmetro sobre os problemas que eventualmente podem estar ocorrendo”, conclui.
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