Embora não seja preocupante, quadro pode ser agravado e, por isso, requer cuidados
A amamentação é um momento intenso física e emocionalmente. A prova disso é que muitas mães relatam sentimentos variados ao colocar o bebê no peito, indo desde uma conexão profunda à exaustão completa.
No entanto, algo que costuma surpreender e que é pouco falada é a sensação de choque ao amamentar. Esse incômodo não é incomum e entender sua causa pode ajudar a amenizar o susto.
Sensação de choque ao amamentar: o que pode ser?

Um arrepio forte, uma descarga elétrica rápida ou uma onda incômoda no corpo, especialmente nos primeiros segundos após a pega do bebê: é dessa maneira que algumas mães costumam descrever o fenômeno de Raynaud (ou vasoespasmo) durante a amamentação.
Causado por uma vasoconstrição nos mamilos, o vasoespasmo leva a uma parada da circulação sanguínea por um breve período de tempo na região dos mamilos. “A dor geralmente é pior depois que o bebê solta o peito ou a mãe termina de bombear. Também pode ocorrer quando a mãe muda de um ambiente quente para um ambiente mais frio, como sair do chuveiro ou da piscina, ir de um ambiente interno para o externo no inverno ou na transição de um clima quente para o ar-condicionado”, explica a consultora de amamentação Virginia Ferreira.
Essa quadro, contudo, tende a ser mais comum em pessoas que apresentam o fenômeno de Raynaud nos dedos. Já o vasoespasmo secundário pode ocorrer após trauma nos mamilos.
Além disso, quando persistente, pode causar alterações crônicas no fluxo sanguíneo. Por isso, a especialista indica alguns cuidados como:
- Usar compressa morna no mamilo para auxiliar na circulação sanguínea e aliviar da dor.
- Corrigir pega e posição do bebê para reduzir a compressão anormal do mamilo.
- Evitar exposição dos mamilos ao ar frio após a mamada.