Splash! > De olho na piscina

Além da orientação e avaliação médica, que é sempre importante, outros cuidados devem ser tomados antes de deixar seu filhote cair na água e virar peixinho. Verificar a estrutura da academia e informar-se sobre a qualidade da água da piscina é essencial. “O ideal é que a água esteja salinizada, pois assim ela permanece clorada 24 horas por dia, livre de bactérias”, indica Eunice Marzzitelli. Quanto à profundidade da piscina, o estabelecimento deve contar com degraus e plataformas para que a criança possa apoiar os pés, ou, então, um tanque específico para os pequenos: “Para maior conforto das mães, a piscina não deve ultrapassar os 95 cm de profundidade”, aconselha o professor Fontanelli.

Você não pode entregar seu bebê nas de qualquer pessoa. É preciso saber quem é o professor, conhecer sua formação e ver se ele tem capacidade para lidar com crianças pequenas

Além de analisar a higiene do recinto, as condições das instalações e o tratamento da piscina, o professor Carlos Villar também chama a atenção para a temperatura da água e para a qualificação do profissional. “Você não pode entregar seu bebê nas de qualquer pessoa. É preciso saber quem é o professor, conhecer sua formação e ver se ele tem capacidade para lidar com crianças pequenas. Por isso, recomendo que os pais assistam a uma aula antes de fazer a matrícula, para avaliar o local e o trabalho em si”, aconselha.

Sem medo de se molhar

Mesmo as crianças muito jovens, principalmente as que já têm costume de brincar em piscinas e banheiras, não costumam apresentar resistência às aulinhas da natação. No entanto, podem surgir situações de dificuldade, quando elas demonstram medo da água. “Não podemos forçar e, se o problema persiste, o trabalho deve ser feito com a mãe, que vai acalmar o bebê. As aulas visam deixar os alunos mais à vontade. Pode haver traumas se a criança já sofreu algum acidente com água ou não está acostumada às piscinas”, alerta Eunice.

As imersões, nesta fase, são curtas e feitas gradativamente, para evitar que as crianças engulam água ou se assustem ao ficar sem ar. Quanto mais idade atingem, maiores devem ser os períodos e a profundidade do mergulho. As atividades para bebês devem ser diferenciadas. “É fundamental respeitar a criança em função de sua prematuridade, não abusando com exercícios que venham agredir física e emocionalmente a relação do bebê com o meio líquido. Vale frisar que, quando a criança estiver febril ou com outros problemas, como disenteria, não deve ir à piscina, necessitando de acompanhamento médico”, avisa Fontanelli.

A maioria das aulas de natação infantil tem como instrumento principal a exploração do lado lúdico. Podem ser usados halteres aquáticos, bóias circulares, pranchinhas, brinquedos flutuantes e outros objetos que proporcionem diversão, movimentação e segurança. “As aulas são lentas, com muitas brincadeiras e normalmente cantadas. É muito positiva a adaptação à água com a mãe por perto, participando diretamente, ao segurar o bebê dentro d’água, ou indiretamente, apenas acompanhando a aula”, define Eunice Marzzitelli, recordando que a natação nesta fase é uma preparação gradativa para atividades futuras. Carlos Villar também valoriza a participação dos pais na atividade: “O que dá segurança não são as bóias, que às vezes criam até um costume nocivo, mas a presença da mãe ou do pai. O toque e a voz deles fazem a diferença para o bebê, que fica mais tranqüilo e perde possíveis temores”, diz. Para Fontanelli, não se deve ter pressa em pôr a criança na água: “A natação deve começar por uma aproximação suave, doce e sutil”, completa.

Onde encontrar:

Rio Sport Center (Rio de Janeiro – RJ e Belo Horizonte – MG)

Fontanelli Swim Club (Vinhedo – SP)

Fazenda-Clube Marapendi (Rio de Janeiro – RJ)