Taís Araújo, mãe de João Vicente, de 5 anos, e de Maria Antônia, de 2, durante o período em que decidiu ser mãe teve que enfrentar o dolorido desafio de passar por dois abortos espontâneos.
A gestação e o nascimento dos dois filhos, no entanto, mostram como o trauma pode ser superado.
Primeira gravidez e primeiro aborto
Como contou em entrevista à Marie Claire, o primeiro episódio aconteceu durante sua primeira gestação. Ela estava grávida de gêmeos quando, em um exame de rotina, descobriu que um deles não tinha batimento cardíaco.
O corpo se encarregou de absorver o material celular do feto que não vingou. Mas, mesmo sem ter que passar por nenhum procedimento invasivo, a atriz precisou lidar com a perda. “Não foi traumático. Mas foi sofrido. Chorei muito e o Lázaro me chamou para a realidade. Disse: ‘Ei, tem uma criança aí que precisa de você inteira’”, contou.
Depois da superação, Taís vivenciou uma gestação tranquila. Foi uma grávida “zen-budista”, brincou. Mas, o nascimento de João Vicente pediu uma escolha. Por medo, ela queria que sua irmã, que é médica e reside em Brasília, assistisse seu parto.
Para isso acontecer, no entanto, uma cesárea teve que ser agendada. Depois que nasceu, João mamou até mais de um ano.
Segundo aborto
O segundo episódio aconteceu depois da gravidez de João Vicente. Na tentativa de engravidar novamente, Taís perdeu um bebê com um mês e meio de vida.
“Tive sangramento, senti dor. Fiquei arrasada, mas segurei a onda”, contou. Um ano depois, ela descobriu que estava grávida de Maria Antônia.
Segunda gravidez
Desta vez, no entanto, a tranquilidade não acompanhou a gestação. Além de mudar e reformar uma casa, Taís ainda teve que viver os primeiros meses da gestação trabalhando. Tudo isto porque Maria Antônia veio meses antes do planejamento. “Tirei o DIU, mas achei que fosse engravidar seis meses depois. Cara, rolou no mês seguinte. Daí, foi aquela situação horrorosa de dar a notícia para a turma da novela, do filme, mudar enredo… Enlouqueci”, contou.
Na realização da segunda cesárea, o medo reapareceu. Na hora de entrar na sala de cirurgia, João, pequenininho, gritou para a mãe não ir. Taís entendeu como um sinal e disse a Lázaro que se morresse, gostaria que ele aceitasse ajuda da mãe dela para criar os filhos.
A cirurgia seguiu com tranquilidade e tanto mãe como bebê ficaram bem. Por conta de uma infecção que a fez tomar remédios nas primeiras semanas, Taís não conseguiu amamentar a pequena.
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