Fazer viagens longas com crianças de qualquer idade exige cuidados. Além de elas ficarem enjoadas e entediadas facilmente, fazê-las permanecer horas e horas sentadinhas na cadeirinha do carro não é tarefa fácil para os adultos.
Para deixá-las menos irritadas, é preciso que os pais ou responsáveis usem e abusem da criatividade, recorrendo às brincadeiras simples e divertidas. E nem pense em dar um videogame para a criança brincar sozinha, viu?
“A ideia é que o adulto participe da atividade. É um momento para se criar vínculo com a criança”, afirma a psicóloga Ângela Clara Corrêa, diretora técnica da Unire Desenvolvimento Humano, empresa que oferece cursos de qualificação profissional, entre eles, o de recreação infantil.
Com bebês, a dica da psicóloga é usar brincadeiras que trabalhem os cinco sentidos, por meio de músicas, joguinhos com pecinhas de encaixar e de histórias com fantoches de dedos. “É importante lembrar que essas histórias não podem ultrapassar dois ou três minutos, pois a criança começa a se cansar”, diz Dra. Ângela.
Para crianças entre três e cinco anos, além das músicas e das histórias, a sugestão é trabalhar brincadeiras que estimulem a coordenação motora. Entre as opções estão jogo de mão, unidunitê.
Em alguns casos, dependendo do desenvolvimento da criança, os adultos podem recorrer àquela brincadeira de teia, feita com um barbante que forma desenhos com a ajuda das duas mãos. “Essa atividade aguça a concentração e raciocínio”, lembra a psicóloga.
As crianças maiores podem fazer uso de jogos da memória, quebra-cabeça, caça-palavras, trava-língua e desenhos. Músicas e histórias são sempre bem-vindas e devem ser adaptadas de acordo com a idade.
Recomendações médicas
Segundo Dr. Ciro Domênico Giaccio, pediatra do Hospital e Maternidade Santa Joana e professor de puericultura do curso de Medicina da Unicid, para evitar enjoos, a mãe pode dar às crianças remédios que ela está acostumada a tomar.
Quando o assunto é alimentação, o pediatra lembra que na estrada o ar é mais seco. Por isso, o mais importante é hidratar a criança. “O líquido deve ser levado de casa e ser, de preferência, um tipo que ela já esteja acostumada a tomar. Se a criança nunca tomou água de coco, a mãe não deve oferecer o líquido da viagem”, orienta.
No caso de crianças um pouco maiores, pode-se dar algumas frutas e, neste caso, a regra é a mesma: leve de casa e dê preferência às opções que os filhos já consomem normalmente.
As paradas também são importantes para que a criança descanse. “A cada duas horas, deve-se fazer uma pausa de 10 a 15 minutos”, orienta Dr. Ciro.
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