Beleza de pele > Boas opções

No mais, fique de olho nos tratamentos que ajudam a atenuar e até mesmo a apagar o melasma:

Cremes clareadores: são cremes à base de vitamina C, ácido glicólico, ácido retinóico e hidroquinona. Uma associação muito comum e eficiente é a dessas duas últimas substâncias. Todos os cremes, porém, devem ser usados de noite, quando não há mais nenhuma exposição à luz solar. O ideal é aplicar em cima da mancha 20 minutos antes de dormir, quando o creme já foi totalmente absorvido e não sairá no travesseiro. E atenção! Para as grávidas, existem cremes clareadores específicos que não oferecem risco à saúde delas e à do bebê.

Peeling: cuidado com os peelings profundos, eles não devem ser feitos! São mais agressivos e podem acabar dando um efeito rebote: o de escurecimento do melasma, ao invés de clareamento. “Para as grávidas, uma boa opção é o peeling seriado de cristal, bem suave”, indica Daniela Hueb.

As sardas têm um fator genético, mas o sol certamente contribui para a piora ou melhora delas. Tanto é que no verão as sardas aumentam, enquanto no inverno diminuem

Amelan: é um produto que existe em creme ou pode ser aplicado como peeling superficial. O peeling de Amelan é feito no consultório, havendo uma manutenção em casa. Há uma leve descamação e vermelhidão, que podem ser facilmente disfarçados com o uso de um hidratante.

Pinnus pinaster: segundo a médica Renata Domingues, ficou comprovado em um dos congressos americanos de dermatologia que o extrato manipulado da casca desse pinheiro francês, o pinnus pinaster, pode ajudar no combate ao melasma, desde que associado a outro tratamento.

Atenção! Laser para melasma, nunca! É o que esclarece Renata Domingues: “O laser explode o pigmento e, no caso do melasma, pode acabar estimulando ainda mais o escurecimento”.

Sardas

Para algumas, elas são um charme, para outras, um pesadelo. São manchinhas marrons menores que a melanose e que aparecem geralmente nas pessoas de pele clara, principalmente nas loiras e nas ruivas. “As sardas têm um fator genético, mas o sol certamente contribui para a piora ou melhora delas. Tanto é que no verão as sardas aumentam, enquanto no inverno diminuem”, explica Renata Domingues. E justamente porque são o xodó de muita gente, adivinha, as sardas são uma das manchas mais fáceis de serem tratadas.

Cauterização + peeling: “A vantagem é que se pode fazer um tratamento seletivo. A paciente escolhe quais sardas quer manter e quais quer tirar, então agimos diretamente nas que não são bem-vindas”, explica Ligia Kogos, que gosta de usar a neve carbônica ou a microcauterização para acabar com as sardas indesejadas. Em seguida, é interessante combinar a cauterização com um peeling superficial, como o de ácido retinóico, ou médio, como o de Resorcina.

Laser: também é uma opção. Com uma média de quatro a seis sessões de laser (luz intensa pulsada) é possível eliminá-las. Mas não esqueça que o laser não age localmente, portanto, não é possível selecionar as sardas a serem eliminadas.

Sardas brancas e outras manchas

Se o seu problema não é melanose, melasma ou sardas marrons, que tal as pintinhas brancas? Comumente conhecidas como sardas brancas, elas aparecem, mais uma vez, devido ao longo processo de exposição ao sol desde a infância. E a má notícia é que elas não têm muito jeito. “Essas manchinhas indicam uma falência na produção de melanina, o pigmento que dá coloração à pele e, felizmente, costumam ser bem pequenas. No máximo, atingem o tamanho de um confete”, afirma Renata Domingues. A dermatologista Daniela Hueb recomenda a aplicação de nitrogênio líquido (crioterapia) ou laser diretamente na mancha, numa tentativa de estimular a pigmentação, mas a médica confessa que os resultados não são tão satisfatórios.

Mas, se o que te aflige são as manchas decorrentes de picadas de mosquito, acne, outras lesões e até mesmo depilação ou irritação devido ao desodorante (manchas escuras nas axilas e virilhas), então a solução é tentar clareá-las com os cremes clareadores e, também, com peelings, como o de Resorcina (menos nas axilias e virilhas, pois seria muito incômodo). A descamação dura, em média, oito dias. Há, ainda, manchas esbranquiçadas e ásperas, comuns em pessoas alérgicas e também causadas pelo excesso de sol. Nesse caso, a solução é passar muito hidratante e esperar que elas saiam naturalmente.

Hoje e sempre

Não adianta só tratar! Quem tem tendência a ter manchas – e até quem não tem – precisa entender que os cuidados com a pele devem ser para a vida toda. “O melhor tratamento é, ainda, a disposição das pessoas para cuidar da saúde e agir de forma preventiva”, esclarece Daniela Hueb. Que tal algumas dicas?

1. Nunca é demais reafirmar: filtro solar a cada duas horas! “Nada de se bronzear, mesmo que de forma gradativa. Tem pessoas que costumam ‘curtir’ a pele aos poucos, mas sol é sol, não tem jeito. Tem que se proteger!”, aconselha a dermatologista Renata Domingues.

2. Use óculos escuros de qualidade e chapéu, boné ou viseira.

3. Evite contato com o líquido de frutas como o limão, o figo e o caju, que contêm substância fotosensibilizante, ou seja, quando exposta ao sol, pode provocar manchas (fitofotodermatite). Elas saem sozinhas ou com a ajuda de clareadores, mas para que tratar se é mais fácil evitar? Perfumes e refrigerantes também podem causar manchas se em contato com a pele exposta ao sol.