Arrancar pêlos com dor é coisa do passado, pelo menos para aquelas mulheres que escolheram o laser para arrancá-los definitivamente do corpo. Embora ele prometa pele lisinha durante anos, sem sequer precisar passar perto de uma cera, o método é doloroso (e muito) para boa parte das pessoas que fazem o tratamento. Mas, uma boa notícia: uma nova geração de equipamentos promete depilação sem sofrimento. Corpo liso, sem dor e por vários anos? Acredite, até os homens têm aproveitado os benefícios do laser.
Comparado com os métodos tradicionais de depilação, o laser promete resultados “definitivos”, pelo menos por alguns anos. Além da eliminação total dos fios, ele trata problemas de foliculite e pêlos encravados. Em poucas sessões (em média seis, com os aparelhos mais modernos) é possível deixar diversas partes do corpo, como face, buço, axila, virilha, peito, abdômen e costas, livre dos indesejáveis pelinhos.
O laser, com relação a outros métodos de depilação, se destaca por resultados satisfatórios em afinamento do pêlo, redução da quantidade e no prolongamento do crescimento
Herança genética, raça e equilíbrio hormonal. São vários os fatores envolvidos na quantidade e crescimento dos pêlos. De acordo com a Coordenadora do Departamento de Cosmiatria da Sociedade Brasileira de Dermatologia de São Paulo, Denise Steiner, “o ritmo e o número de pêlos varia de pessoa para pessoa, de acordo com a carga genética. Alguns povos, como árabes, portugueses e espanhóis são mais propensos a ter muitos pêlos”. A dermatologista Bruna Bravo acrescenta que os hormônios são os principais envolvidos no desenvolvimento dos fios. “Alguns distúrbios hormonais como tumor no ovário e síndrome dos ovários policísticos, remédios com hormônios e algumas fases da vida, como a adolescência e a gravidez, fazem com que os pêlos cresçam mais rapidamente”, afirma.
São os fatores listados acima, acrescidos da área a ser depilada e o tipo de pele da paciente que determinam o número ideal de sessões. No entanto, a maioria dos especialistas afirma que seis sessões, com um intervalo de um mês entre elas, são suficientes para um resultado satisfatório. Até pouco tempo atrás, mulheres de pele morena e negra não podiam se submeter ao tratamento. O excesso de melanina sobre a derme causava pigmentação. Mas, felizmente a realidade mudou. “Hoje em dia, já existem lasers, como o Soprano – XL iodo e os lasers de Nd:YAG (soft-light) que tratam a pele morena, sem efeitos colaterais. Como o tempo de exposição costuma ser menor que em pessoas de pele clara, as morenas apenas necessitam de mais sessões para atingirem o resultado desejado”, revela Bruna Bravo.
Atualmente, existem no mercado inúmeros tipos e marcas de equipamentos. Além da depilação, o laser também é usado no tratamento anti-rugas, de combate à flacidez e à acne. Além da finalidade, a diferença entre eles está no comprimento de onda – profundidade alcançada – e na fonte de energia. Para a eliminação de pêlos, a dermatologista Adriana Vilarinho destaca os lasers de iodo (Light Sheer), alexandrite e a luz intensa pulsada.
O procedimento
Na depilação a laser, a melanina – substância que dá cor ao pêlo e à pele – absorve a luz emitida pelo aparelho. O calor da luz destrói o folículo piloso, enfraquecendo ou eliminando o fio pela raiz. Nem todos os pêlos são destruídos logo na primeira sessão. Alguns, em fase de crescimento, se tornam mais claros e fracos com as aplicações sucessivas. Ao final de seis sessões já não existem praticamente fios sobreviventes. “O laser, com relação a outros métodos de depilação, se destaca por resultados satisfatórios em afinamento do pêlo, redução da quantidade e no prolongamento do crescimento”, explica a esteticista e coordenadora do SPA Goodness – Estética & Bem-Estar, Marília Jordão.