Escovas e pentes > De olho na escova certa

Antes de escolher sua escova, é preciso ter em mente qual objetivo na escovação (alisar, conferir volume, fazer penteados), bem como conhecer seu tipo de cabelo. Escovas de cerdas unidas são mais indicadas para cabelos lisos. Os finos se adaptam melhor às escovas de madeira. “Esses fios possuem uma eletricidade estática que é neutralizada pela madeira”, afirma Preite.

Cabelos ondulados e cacheados não devem ser escovados com frequência. Ainda que as escovas de cerdas espaçadas com base grande sejam as mais indicadas, o ideal é penteá-los, apenas, uma vez após o banho, com um pente de dentes largos e com propriedades anti- frizz. “Nesse tipo de cabelo, a lavagem que deve funcionar como a escovação. O ideal é que sejam feitas massagens com xampu no couro cabeludo e com condicionador, nas pontas”, aconselha a terapeuta capilar Patrícia Maciel.

Se o seu objetivo é alisar os cabelos, fique de olho nos cabos das escovas. Eles devem ser longos e ergonômicos para garantirem mais segurança na pegada e facilitar a escovação. As de base de metal e cerâmica oferecem resultados mais satisfatórios. “As escovas térmicas absorvem mais a temperatura do secador, facilitando o alisamento e diminuindo o tempo de secagem”, explica o hair stylist Carlos Magno. Gennaro Preite acrescenta que o ideal é que as escovas térmicas possuam perfurações em sua base. “As passagens de ar na escova permitem que o calor circule por toda a base do objeto e atinja a mecha por um todo durante a secagem”, diz o especialista. Você ainda pode obter um efeito mais liso com escovas de diâmetro grande. As pequenas e com cerdas espaçadas, ao contrário, são ideais para dar volume às melenas.

Quanto ao formato, elas podem ser ovaladas, retangulares ou quadradas. As primeiras são indicadas para modelarem os fios. As quadradas e retangulares, para penteados, como rabos de cavalo que requerem que se pegue uma grande quantidade de fios de uma única vez. O comprimento das escovas deve seguir o tamanho dos cabelos. Quanto mais compridos, mais longas e maiores devem ser as escovas.

As cerdas também fazem toda a diferença no resultado final da escovação. Elas podem ser sintéticas, geralmente de nylon, ou naturais, de madeira, bambu e pêlos de javali. “Noventa e nove por cento das escovas de cabelo produzidas no mundo são de cerdas mistas, javali com nylon. Essa mistura de pêlo animal e sintético fornece uma relação de equilíbrio. O nylon oferece flexibilidade e resistência ao calor. E o pêlo de javali elimina a eletricidade estática durante a escovação, além de carregar a oleosidade natural do couro cabeludo até as pontas”, esclarece Gennaro.

Poderosa contra os fios rebeldes, você já deve ter ouvido falar sobre as propriedades da madeira em abaixar os fios eriçados. Mas com o avanço da tecnologia, as mulheres ganharam novos aliados – os íons de prata e turmalina. “A turmalina é uma pedra que, quando aquecida, emite uma quantidade muito alta de íons capazes de selar as cutículas dos fios, tornando-os mais lisos, macios e brilhantes”, conta Gennaro.

Além da variedade de formatos e materiais, você já deve ter visto que algumas escovas possuem uma espécie de almofadinha junto às cerdas. Não, elas não são apenas para deixar as escovas mais bonitas. “Existem pessoas que têm um couro cabeludo muito sensível. Nesses casos, esse revestimento tem a intenção de amortecer o atrito da escova com o cabelo”, explica Genaro. Portanto, escovas almofadadas, couro cabeludo protegido.

E se você está ansiosa por comprar aquela escova giratória que aparece na televisão e promete alisamento instantâneo, muito cuidado! “Essas escovas só funcionam em cabelos lisos e a pessoa precisa deter muita prática para não acabar com os fios embolados no aparelho”, alerta Gennaro. Muita cautela para não acabar tendo que recorrer à tesoura.