Neurocosméticos > Natureza como aliada

por | jun 30, 2016 | Beleza

Cacau, Vitex agnus castus (popularmente conhecida como pimenta dos monges), ou Tephrosia purpurea, uma flor exótica da Índia. São delas que se extraem os princípios ativos utilizados na neurocosmética, responsáveis por rejuvenescer e proteger as células nervosas da pele. Cada qual com sua particularidade. “Diz-se que a Vitex agnus castus era consumida pelos monges, com o objetivo de ajudá-los a manter o celibato. Ë dessa frutinha que se extrai o Happybelle, o primeiro princípio ativo utilizado nos neurocosméticos”, revela Dra. Ligia Kogos.

Flávia Costa, farmacêutica da Galena, utiliza o HappyBelle na formulação dos cosméticos da empresa. “Através da ação das fitoendorfinas, o HappyBelle torna a pele mais saudável e hidratada. A prevenção do envelhecimento é uma conseqüência natural do uso do produto. Além disso, se a pele está com uma aparência mais bonita, a pessoa se sentirá bem, o que induzirá um estímulo das reais endorfinas no cérebro”, afirma Flávia.

Os neurocosméticos ainda são uma tentativa. Existe a certeza de que eles possuem os receptores para captar as fitoendorfinas, mas o efeito que terão na pele ainda precisa de estudos complementares

Já a Samana optou por trabalhar com a Tephrosia purpurea, aliada ao cacau. “É deles que extraímos o endorphin, utilizado no creme para massagens Cristal Relax. Ambos estimulam a produção de beta endorfinas, ajudando o corpo a relaxar”, explica a farmacêutica Cleozimar de Oliveira. Para o rosto, a Samana oferece o Revixyl. À base de neuroxil, protege as células nervosas do envelhecimento precoce graças à ação antioxidante. “Aborrecimento, noites maldormidas, poluição, todos esses fatores refletem na pele. O neurocosmético regula as células vitais para que estejam sempre em harmonia. Ele age estimulando a produção de colágeno e o poder de cicatrização”, acrescenta Cleozimar.

O produto certo

A promessa, apesar de animadora, tem um preço alto. Novidade nas prateleiras, os cremes são mais caros que os cosméticos convencionais, e ainda desconhecidos da ala feminina. Se você se animou para testar, é importante procurar a orientação de um dermatologista para saber qual o mais indicado para sua pele.

Mesmo recomendando o uso de algumas substâncias neurocosméticas, Dra. Ligia Kogos sabe que seu efeito é discutível. “Os neurocosméticos ainda são uma tentativa. Existe a certeza de que eles possuem os receptores para captar as fitoendorfinas, mas o efeito que terão na pele ainda precisa de estudos complementares. Eu indico e uso, no entanto, não aposto todas as minhas fichas em um só produto. Os fatores que causam a diminuição da beleza da pele são muitos: poluição, excesso de oleosidade, estresse, cansaço. Um produto deve agir em várias frentes. Por isso, uso neurocosméticos para complementar uma fórmula. Para mim, são coadjuvantes na batalha contra o envelhecimento”, finaliza a dermatologista.